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Flavinha cai na trave, tem recurso negado no solo e fica sem medalha

Demétrio Vecchioli

13/10/2019 09h08

Flávia Saraiva na trave de equilíbrio (Ricardo Bufolin/CBG)

Ainda não foi desta vez que Flávia Saraiva conquistou a primeira medalha mundial de sua carreira. Ela teve duas chances neste domingo (13), último dia do Mundial de Stuttgart (Alemanha). Primeiro a brasileira caiu em sua apresentação na trave de equilíbrio e terminou apenas no sexto lugar. Depois, fez boa apresentação no solo, melhorando a nota na comparação com outras exibições no Mundial, mas ficou sem medalha, na quarta colocação, a 0,1 do bronze. Os técnicos do Brasil recorreram, mas não teve jeito. Se serve de consolo, na prova seguinte, a final da barra fixa, Arthur Nory se sagrou campeão mundial.

As duas medalhas de ouro, na trave e no solo, ficaram com Simone Biles. De longe a melhor ginasta da atualidade, a norte-americana superou a barreira dos 15 pontos na trave e, mesmo sem apresentar o movimento que ela estreou neste Mundial, recebeu nota 15,100. Biles foi acompanha no pódio por duas chinesas:  Tingting Liu, com 14,433, e Shijia Li, com 14,300. Não fosse a queda, Flávia Saraiva poderia ter ficado com uma medalha. Cair da trave faz a atleta perder 1,0 ponto e a nota dela foi 13,400.

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Flavinha voltou à arena para mais uma apresentação cerca de uma hora e meia depois. Fez uma apresentação limpa no solo e recebeu a nota 13,966, melhorando 0,033 a nota da final do individual geral. Naquele momento, apareceu em terceiro lugar, atrás da norte-americana Sunisa Lee (14,133) e da russa Angelina Melnikova (14,066). Os técnicos brasileiros decidiram recorrer da nota de partida.

Queriam um décimo a mais, o que faria a brasileira passar Melnikova pelos critérios de desempate. Depois de muita tensão veio a notícia de que os árbitros não aceitaram. Simone Biles se apresentou a seguir e, claro, ganhou o ouro com 15,133, rebaixando Flavinha ao quarto lugar, uma posição melhor do que no Mundial do ano passado.

Flávia Saraiva se apresenta no solo (Ricardo Bufolin/CBG)

Xodó da seleção brasileira, Flavinha é a única ginasta do país assegurada na Olimpíada de Tóquio. A equipe falhou em se classificar no sábado (5), quando ficou em 14º das eliminatórias. O país até pode levar quatro ginastas aos Jogos, mas desde que se classifiquem individualmente. Por enquanto só Flávia fez isso, três vezes, graças aos resultados nas finais do individual geral, do solo e da trave. Em todas as provas, foi a melhor entre as ginastas de países sem vaga por equipes.

Ontem (12), Arthur Zanetti não conseguiu cravar a chegada de sua apresentação na final das argolas, deu um passo a mais, e isso o tirou do pódio. Com nota 14,700, o brasileiro terminou apenas na quinta colocação, a 0,208 da medalha de ouro. O passo a mais lhe tirou 0,3.

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Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.


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