Andressa de Morais testa positivo e pode perder prata e recorde no Pan
Demétrio Vecchioli
28/08/2019 20h37
Andressa de Morais (Wander Roberto/COB)
Responsável por um dos melhores desempenhos do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Lima, Andressa de Morais testou positivo para uma substância proibida no Código Mundial Antidoping durante o evento e pode perder a medalha de prata obtida no lançamento do disco. O caso dela ainda é mantido sob sigilo pela PanAm Sports, organizadora do Pan, e pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). O Olhar Olímpico revelou em primeira mão, nesta quarta, que o Brasil tinha dois casos de suposto doping no Pan.
Diferente do ciclista Kacio Freitas, que nesta quarta-feira (28) publicou nota de esclarecimento informando que testou positivo durante o Pan e pediu a abertura de contraprova, que também deu positivo, Andressa ainda não teve essa oportunidade. O resultado analítico adverso só foi informado ao COB ontem (27) e, até a publicação desta reportagem, a contraprova ainda não havia sido solicitada.
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A atleta do Pinheiros segue inscrita para participar do Troféu Brasil de Atletismo, que começa na amanhã (29) em Bragança Paulista (SP). Andressa, que no fim de semana disputou a Diamond League de Paris (França) é um dos destaques do torneio, que vale como campeonato brasileiro. A prova dela, o lançamento do disco, será realizada na sexta-feira.
Andressa bateu o recorde sul-americano do disco no Pan, com um lançamento de 65,98m. Ela liderou a prova até o último arremesso, quando a cubana Yaimé Téllez fez 66,58m e deixou a brasileira com a prata. Se o resultado vier a ser retirado, a prata seria herdada pela também brasileira Fernanda Borges, que terminou em terceiro. O bronze ficaria com a cubana Denia Caballero.
A paraibana de 28 anos é um dos principais nomes do atletismo brasileiro e uma das promessas de medalha tanto para o Mundial de Doha, no mês que vem, quanto nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no ano que vem. Andressa é a atual sexta colocada do ranking mundial do disco e, com o resultado de Lima, teria sido bronze na Olimpíada do Rio.
Sobre o autor
Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.
Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.
Sobre o blog
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