Coronel será o "homem do futebol" de Bolsonaro
O coronel reformado do Exército Ronaldo Lima, ex-funcionário da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ex-diretor das categorias de base do Santos, será o responsável por comandar a área de futebol do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Ele ainda não foi nomeado oficialmente, mas já atua como secretário Nacional de Futebol e Direitos do Torcedor. Inclusive participou de visitas à CBF e ao COB, na semana passada.
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Ronaldo Lima, que vem pedindo para não ser apresentado como coronel, é um "calção preto", como são conhecidos os alunos e ex-alunos da Escola de Educação Física do Exército (Esefex), onde também estudou Bolsonaro. Ainda que seja mais novo que o presidente, o coronel serviu junto dele no Grupo de Artilharia Paraquedista.
A secretaria é uma das quatro subordinadas ao secretário Especial de Esporte, general Marco Aurélio Vieira, e a única que terá como responsável um militar. O Alto-Rendimento será comandado pelo procurador do Distrito Federal Raimundo Neto, a ABCD (antidoping) pelo ex-jogador de vôlei de praia Emanuel e a de Secretaria de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (com mais recursos) terá como secretária Carla Ribeiro Testa, esposa do consultor Antônio Flávio Testa, conselheiro de Bolsonaro durante a campanha.
Após a reestruturação ministerial de Bolsonaro, cabe à Secretaria de Futebol, entre outras coisas, planejar, desenvolver, acompanhar e monitorar as ações governamentais no âmbito do futebol, seja profissional ou amador, articular-se com outros órgãos públicos, planejar, coordenar, supervisionar e elaborar estudos sobre o
desenvolvimento do futebol e zelar pelo cumprimento da legislação esportiva e do Estatuto de Defesa
do Torcedor.
Além disso, a secretaria passou a ser responsável pela Apfut (Autoridade Pública de Governança do Futebol), órgão tem como função fiscalizar as associações que aderiram ao Profut, a lei de responsabilidade fiscal que dá prazos maiores e juros menores para o pagamento de dívidas tributárias, desde que contrapartidas sejam feitas. Dos 12 clubes de futebol de maior orçamento do Brasil, 11 aderiram (apenas o Palmeiras não entrou).
O coronel Ronaldo Lima foi coordenador de futebol feminino na CBF e chegou a auxiliar Américo Faria, ex-diretor de seleções. Em 2015, na gestão Modesto Roma, assumiu a diretoria de futebol de base do Santos.
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