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Olhar Olímpico

Ministério de Damares e CBF se comprometem a combater racismo no futebol

Demétrio Vecchioli

13/12/2019 04h00

Roge Machado e Marcão em ação contra o racismo no futebol (Thiago Ribeiro/AGIF)

Os ministério da Cidadania e da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, assinaram hoje (12) um acordo de cooperação técnica com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para "implementação de ações conjuntas que promovam os direitos humanos por meio do esporte".

Em um dos trechos do documento, o ministério comandado por Damares Alves se compromete com o "atendimento e encaminhamento de denúncias de violações de direitos humanos em espaços e ambientes esportivos". Racismo e homofobia, crimes recorrentes em estádios de futebol, estão inseridos nos desafios dos direitos humanos, ainda que nem a palavra "racismo" nem "homofobia" apareçam no documento.

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O acordo tem por objeto "o desenvolvimento de ações de promoção de direitos humanos, de prevenção a suas violações nos diversos espaços e ambientes desportivos, de educação antidopagem e valores dos esportes e de prevenção ao uso de álcool e outras drogas nos diversos espaços e ambientes esportivos e por intermédio do futebol", pelo que consta no documento.

No plano de trabalho, os três entes se comprometem a instituir um Comitê de Governança, no qual o Ministério da Cidadania será representado pela Secretaria Nacional de Futebol, e constituir um plano integrado de ações. Nele são previstas parcerias com clubes e realização de campanhas.

Em release divulgado pela Secretaria Especial do Esporte é citado que o projeto, chamado Integra Brasil, tem como objetivo "promover ações de prevenção à violência doméstica nos estádios, durante os jogos, e enfrentar violações de direitos humanos", além de divulgar "conteúdos de combate ao uso de drogas, à dopagem no futebol e o cultivo de valores esportivos".

No acordo de cooperação técnica, o ministério comandado por Damares se compromete a realizar "ações voltadas para a promoção e proteção da mulher, da vida, da família e dos direitos humanos por meio do futebol". O Ministério da Cidadania, entre outras coisas, assume o papel de realizar campanhas de "prevenção ao uso do álcool" e de "prevenção às drogas". O ministro Osmar Terra tem pautado sua gestão em uma política anti-drogas.

Um dos itens das responsabilidades da CBF é "promover ações de valorização e fortalecimento da família por meio do futebol". O trecho diria respeito a iniciativas para atrair mais mulheres e crianças aos estádios de futebol.

 

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.