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Jogador de vôlei do Cruzeiro é 3º brasileiro pego no doping no Pan

Demétrio Vecchioli

06/09/2019 12h43

Rodriguinho com medalha de bronze (reprodução/Instagram)

O ponteiro Rodriguinho, da seleção masculina de vôlei, é o terceiro caso confirmado de doping do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Lima. O jogador, que defende o Sada/Cruzeiro, já está suspenso provisoriamente e não pode entrar em quadra para defender a equipe no Campeonato Mineiro, torneio que começou na semana passada.

A informação do doping da Rodriguinho foi publicada pelo blog do Bruno Voloch, do Estadão, e confirmada pelo Olhar Olímpico junto ao clube. A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), porém, diz não ter sido notificada de nada. 

"O Sada Cruzeiro tem conhecimento da situação do ponteiro Rodriguinho, que desde maio estava com a seleção brasileira e retornou ao time em 12 de agosto, após o Pan de Lima. O clube lamenta muito o ocorrido, que pela primeira vez acontece com um de seus jogadores. Confiamos na integridade do atleta Rodriguinho, na sua boa índole, e temos plena confiança de que tudo será esclarecido. O clube vem acompanhando o caso e oferecendo todo o suporte ao seu atleta", disse o Sada, em nota.

Pela coincidência de datas com o Pré-Olímpico, o Brasil enviou um time B ao Pan no vôlei masculino, com jovens promessas como Rodriguinho, de 23 anos. A equipe teve campanha medíocre e se contentou com uma medalha de bronze, obtida após vitória por 3 sets a 0 sobre o Chile.

Antes de Rodriguinho o Brasil já havia tido outros dois casos de doping informados ao COB: o ciclista Kacio Freitas, que revelou pelo Facebook ter sido flagrado, depois de o Olhar Olímpico revelar a existência de dois casos, e a lançadora de disco Andressa de Morais, que foi prata na sua prova. Ela chegou a disputar o Troféu Brasil, domingo, mas nesta sexta teve sua suspensão provisória anunciada pelo órgão de controle antidoping do atletismo.

Até agora, a PanAm Sports, organizadora dos Jogos Pan-Americanos, só informou dois casos de doping, de um jogador de beisebol da República Dominicana, e de  um atleta de boliche de Porto Rico, ambos anunciados durante a competição. A entidade diz que aguarda seu conselho médico informar os demais casos para só então comunicá-los oficialmente à imprensa. Em toda a história dos Jogos Pan-Americanos o Brasil só havia tido dois casos de doping, até Lima.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.