Após polêmica com nome Senna, autódromo se chamará Rio Motorpark
Declarado vencedor do edital de concessão do futuro autódromo do Rio de Janeiro, o consórcio Rio Motorsports aproveitou para anunciar que o local será batizado com o nome de Rio Motorpark. Ao anunciar a assinatura de um protocolo de intenções com os governos municipal e estadual do Rio, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse, no Twitter, que o autódromo teria o nome do "ídolo Ayrton Senna". A proposta gerou críticas de Nelsinho Piquet.
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Desde dezembro do ano passado existe uma página no Facebook com o nome "Rio Motorpark". De acordo com o consórcio, denominado oficialmente Rio Motorsports Holding S.A., a logomarca que aparece na página não é definitiva e será reformulada. Em janeiro passado, uma empresa de nome Rio Motorpark Holding teve seus documentos deferidos na Junta Comercial do Rio.
O consórcio Rio Motorsports é encabeçado por uma empresa norte-americana denominada também Rio Motorsports, instalada em Arlington (Virginia) e que tem como CEO o brasileiro JR Pereira. Sobre ela, o pouco que se sabe é que foi constituída exatamente para participar dessa licitação.
Em nota enviada à imprensa, o consórcio informou que "a construção do empreendimento será efetuada pela construtora espanhola Acciona" e que "a alemã Sporttotal, experiente na operação de autódromos, como o de Nurburgring, e a brasileira Golden Goal, especializada em gestão e marketing esportivo, também integram o consórcio".
A Acciona tem experiência na construção de ao menos um autódromo, também assinado pelo arquiteto alemão Hermann Tilke e pelo então piloto de Fórmula 1 Pedro de la Rosa. Inaugurado no fim de 2010, o autódromo de Aragón, na Espanha, chegou a anunciar na ocasião que estava preparado para receber a F1, o que nunca aconteceu.
No Brasil, a Acciona chegou a vencer em 2013, com parceiros, o edital para a construção da Linha Leste metrô de Fortaleza, no Ceará. Mas a sócia brasileira do consórcio desistiu do contrato e a Acciona acabou desclassificada, porque, por ser espanhola, não poderia tocar sozinha a obra. No ano passado, a construtora conseguiu que o Tribunal de Contas da União (TCU) barrasse o início das obras, tocado por um consórcio concorrente.
Fuleco
A Golden Goal se descreve como uma empresa "de gestão esportiva que tem como objetivo funcionar como catalisadora para a reação entre o mundo corporativo e o universo esportivo". Em seu site, ela destaca a operação de camarotes de estádios como o Engenhão, o Maracanã e o Allianz Parque e a gestão de grandes contas de patrocínio esportivo, como Claro, Ipiranga, Sadia e Embratel.
A Golden Goal também é especializada em operação de mascotes, tendo trabalhado com os mascotes mais famosos do país, como o Fuleco (Copa do Mundo), o Tom (Olimpíada) e o Vinicius (Paraolimpíada). No caso do Fuleco, no escopo do serviço estava selecionar e treinar as pessoas que vestiam a fantasia.
Já a Sporttotal, que o consórcio diz ser "experiente na operação de autódromos, como o de Nürburgring", na verdade opera apenas este circuito alemão e para uma única prova, as 24 Horas de Nürburgring, de acordo com seu site. A Sporttotal é especializada em transmissão online de competições esportivas amadoras.
De acordo com o consórcio, o modelo econômico do novo autódromo prevê parcerias com empresas do setor de combustíveis e lubrificantes de alta performance para desenvolvimento e aprimoramento de produtos e com espaços voltados à indústria automobilística para a realização de testes e aperfeiçoamento de peças e outros componentes.
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