Advogado concorre à presidência da CBDA e tem aliado de Coaracy como vice
Alexandre Zwicker, advogado, secretário de Esporte de Bauru (SP) e presidente da Associação Bauruense Desportos Aquáticos (ABDA), será candidato a presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) na eleição presidencial marcada para 28 de novembro, que ninguém sabe ainda se de fato irá acontecer. Antônio Aragão, presidente da Federação Aquática de Sergipe e antigo aliado de Coaracy Nunes, é o candidato a vice.
Na segunda-feira (7) foi publicada sentença em primeira instância da Justiça Federal de São Paulo que condenou Coaracy a 11 anos e cinco meses de reclusão (inicialmente em regime fechado) e outros três anos e seis meses de detenção por fraudes na gestão de recursos financeiros da entidade. Também foram condenados o antigo diretor geral Ricardo de Moura e o antigo diretor financeiro, Sergio Alvarenga.
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A eleição de novembro foi convocada por Miguel Cagnoni, então presidente da CBDA, em 12 de setembro, na véspera de se afastar do cargo. Uma eleição para um mandato tampão (até o início de 2021) não tem previsão estatutária, mas foi a única saída encontrada por Miguel para tentar evitar que a entidade fosse comandada por Luiz Coelho, vice-presidente eleito, e seu antigo grupo político, que rompeu com Miguel acusando-o de falta de transparência.
No documento em que se afastou, Miguel também indicou Ricardo Prado, medalhista olímpico e então seu único aliado influente, para atuar como presidente até a realização das eleições. Na mesma semana uma assembleia previamente marcada retirou Miguel do cargo, promovendo Coelho de vice a presidente. Na sequência, Prado se desligou da confederação.
Tudo isso ocorreu com conhecimento da Federação Internacional de Natação (Fina), que prometeu estudar o caso e enviar uma carta reconhecendo Coelho como presidente, o que até agora não aconteceu. As eleições seguem marcadas e o antigo grupo de Coaracy quer retomar o poder. Para isso, se aliou a Zwicker, que é responsável pelo bem sucedido projeto social da ABDA, que montou no interior de São Paulo um celeiro de jogadores de polo aquático. O sucesso foi tanto que a ABDA depois assumiu a utilização do Parque Julio De Lamare, no Maracanã, no Rio.
Zwicker assegura que ex-funcionários da CBDA não voltarão para trabalhar na entidade, negando que vá reabrir as portas para antigos comandados por Coaracy. Ele nunca participou daquela antiga gestão e inclusive foi um dos financiadores da candidatura de Miguel, em 2017.
Mas seu vice, Aragão, é até hoje um aliado de primeira hora do octogenário ex-presidente da CBDA. Quando a Justiça afastou Coaracy pelas denúncias que agora o condenaram, foi Aragão um dos que tomaram a iniciativa de assinar uma carta pública criticando a decisão.
"O que a CBDA mais precisa é transparência em todos os atos, inclusive com investigações se for necessário. Eventuais erros devem ser apontados, investigados e levados a sério", disse Zwicker, ao blog. Questionado sobre outros aliados de sua candidatura que não os do antigo grupo de Coaracy, afirmou que está "formando um grupo que contará com nomes de extrema relevância para o desporto nacional", sem citar nomes.
Ele defende que a entidade não siga sendo comandada pelo vice-presidente eleito e a realização de eleições porque essa foi a vontade de Miguel. "Miguel convocou novas eleições quando estava no cargo e não há qualquer impedimento para que isso ocorra", afirmou.
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