Thiago Braz vai bem no Mundial, mas termina em quinto
Demétrio Vecchioli
01/10/2019 15h24
Thiago Braz comemora vaga na final (Wagner do Carmo/CBAt)
Medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, Thiago Braz enfim voltou a mostrar por que é um dos melhores do salto com vara. Depois de duas temporadas ruins, o brasileiro ficou com a quinta colocação no Mundial de Doha (Qatar), nesta terça-feira (1). Passou 5,70m e, na sequência, errou as três tentativas a 5,80m. Na última delas, chegou a ultrapassar o sarrafo, mas o derrubou na queda. Na anterior, havia demonstrado incômodo com dores na panturrilha.
O resultado, de qualquer forma, é muito melhor do que se esperava para Thiago até três meses atrás. Desde o ouro olímpico até o início de julho, o brasileiro não acertou nenhum salto sequer razoável. Ele só foi voltar à velha forma na Diamond League de Mônaco, onde conseguiu saltar 5,92m, resultado que o fez chegar ao Mundial com o quinto lugar do ranking mundial.
LEIA MAIS:
+ Riner 'reaparece' após dois anos e competirá em Brasília na semana que vem
+ Alison faz melhor prova da carreira, mas fica em 7º na final do Mundial
+ Erica Sena salva dia ruim do Brasil no Mundial com 4º lugar na marcha
Ainda assim, Thiago vinha sendo muito irregular. Nos Jogos Pan-Americanos, por exemplo, passou só 5,51m, ficando em um modestíssimo quarto lugar. Já em Doha as coisas melhoraram. Na fase de classificação, o brasileiro acertou praticamente todos os saltos e passou com tranquilidade por 5,75m, avançando à final.
Na decisão desta terça, ele passou por 5,55m na segunda tentativa e por 5,70m direto na primeira. Quando o sarrafo subiu a 5,80m, Thiago encontrou o que parecia ser algo mais perto do seu limite. O brasileiro até ultrapassou a altura, mas bateu no sarrafo na queda. Terminou em quinto, à frente do também brasileiro Augusto Dutra, que parou em 5,70m e terminou em décimo.
Para Augusto, que não conseguia bons resultados desde 2015, o desempenho ficou abaixo do esperado. Na temporada ele superou 5,70m em seis oportunidades, inclusive na fase de classificação do Mundial. Em agosto, em Paris, chegou a saltar 5,80m. Mesmo nos Jogos Pan-Americanos, onde ganhou prata, ele saltou 5,71m.
Sobre o autor
Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.
Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.
Sobre o blog
Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.