Larissa e Lili comemoram gravidez e aguardam primeiro filho para outubro
Demétrio Vecchioli
10/07/2019 04h00
Lili, em primeiro plano, e a esposa, Larissa, comemoram a gravidez (reprodução/Instagram)
O casal mais famoso do vôlei de praia brasileiro está radiante. Casadas há seis anos anos e juntas há 10, Larissa e Lili serão mamães. O pequeno Gael está sendo gerado na barriga de Lili e é aguardado para outubro. Ele será o primeiro filho do casal de jogadoras, que há seis anos realizava tratamento de fertilização.
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"A gente colocou embriões das duas, tanto meu quanto dela. A gente queria justamente que o que vier venha sem a gente nem saber de quem é o embrião. Mas não faz diferença também. O importante é que vai vir com muito amor da nossa família", comentou Lili, em entrevista ao Olhar Olímpico.
O sonho de ser mãe, gerando um bebê, fez Larissa encerrar duas vezes a carreira. Multicampeã ao lado de Juliana, ela parou em 2013 e chegou a anunciar uma gravidez, interrompida por um aborto natural. Passada a Olimpíada do Rio, Larissa voltou a se afastar das quadras, desta vez de forma definitiva, para novamente tentar engravidar. Foram várias tentativas infrutíferas, até o fim do ano passado.
Para ficar mais próxima da companheira em momentos tão importantes, Lili, de 31 anos, decidiu se afastar também ela das quadras, em outubro. "Quando eu parei de jogar, eu não parei para engravidar, parei para ficar com ela no tratamento. Eu viajava muito e a a gente tinha que falar por telefone. Mas, conversando com o médico, a gente viu que ela precisava dar um tempo no tratamento. Foi então que a gente resolveu que eu tentaria", explica.
A primeira tentativa de fertilização foi feita em fevereiro e, de cara, foi bem sucedida. "Independente da barriga dela ou da minha, para nós é o mesmo sentimento. Para a gente, a única coisa que importa é que venha com saúde", afirma Lili, que explica que a escolha por Gael se deu porque o casal entende que este é o um nome forte.
Ela diz não ter pressa para voltar ao vôlei de praia, o que pretende fazer em algum momento do ano que vem. "Não quero fazer nada às pressas, quero viver esse momento, esse início de uma nova vida. Vou dar o tempo dele." Larissa, que está com 37 anos, não pretende voltar a jogar.
Campeã mundial júnior com Bárbara Seixas em 2007, Lili trocou diversas vezes de parceira durante a carreira. No Circuito Mundial, seus melhores resultados vieram exatamente com Bárbara, em 2013. No currículo ela tem o bronze no Pan de 2015, em Toronto, com Carol Horta, e o ouro no evento teste de Londres, em 2011, com Ângela. Antes de se afastar no fim do ano passado, vinha jogando com Josi.
Já Larissa é considerada uma das maiores jogadoras de todos os tempos. Foi bronze nos Jogos de Londres e tem cinco medalhas em Campeonatos Mundiais, incluindo o título de 2011, em Roma. De 2004 a 2017, só teve duas parceiras fixas: primeiro Juliana, depois Talita. Ela se aposentou como medalhista de bronze no Mundial de 2017, em Viena.
Sobre o autor
Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.
Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.
Sobre o blog
Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.