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COB quer levar até 500 atletas ao Pan e mira repetir 3º lugar

Demétrio Vecchioli

17/04/2019 15h02

Jorge Bichara, diretor de Esportes do COB (Crédito: Wander Roberto/ Inovafoto/ COB)

Depois de levar 600 atletas aos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em 2015, o Brasil deve ter uma delegação expressivamente menor no Peru. O Pan de Lima começa daqui a exatos 100 dias e os cálculos do Comitê Olímpico do Brasil (COB) apontam que a delegação verde-amarela será formada por 492 esportistas. Dependendo principalmente dos índices que vierem a ser obtidos no atletismo, a equipe pode chegar a 500 nomes.

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Os números foram apresentados em evento realizado pelo COB nesta terça-feira em um restaurante de São Paulo, em celebração ao marco de 100 dias para o Pan. Estiveram presentes o presidente da PanAm Sports, o chileno Neven Ilic, atletas como Arthur Nory e Rafael Silva, e ex-atletas como Thiago Pereira, Hugo Hoyama e Daiane dos Santos.

Apesar da redução no número de atletas, causada principalmente pela ausência de diversas modalidades coletivas, o COB traça como meta repetir o terceiro lugar das últimas três edições dos Jogos: Rio-2007, Guadalajara-2011 e Toronto-2015.

"Precisa haver um olhar muito claro do que é o Pan e o que é a Olimpíada. O Pan tem algumas hegemonias regionais, em que alguns países conseguem se sobressair, que não se repete na Olimpíada. Meu olhar é sempre para os Jogos Olímpicos. No Pan a gente convive com uma realidade de modalidades não-olímpicas, algumas que a gente não tem nenhuma tradição", comenta o diretor de Esporte do COB, Jorge Bichara.

Por enquanto, o Brasil não tem meta de medalhas. Isso vai depender muito do nível dos rivais (leia-se Canadá e Estados Unidos) que estarão em Lima em algumas modalidades como atletismo e ginástica artística.

Mais do que pódio, o COB quer que o Brasil aproveite o Pan para classificar o maior número possível de atletas para Tóquio-2020. "São 23 modalidades que estão oferecendo a possibilidade de conquistar vaga, seja por posição, por fazer ponto em ranking, ou por alcançar índice. Inegavelmente nosso foco maior está nas modalidades coletivas: no handebol e no polo aquático", explica Bichara.

O handebol, como de costume, classifica os campeões do Pan para a Olimpíada. O Brasil tem amplo favoritismo no feminino e deve ter, também como de costume, uma disputa acirrada com a Argentina no masculino. Já no polo aquático masculino o Brasil passou a sonhar com o título depois que venceu a Copa Uana, uma espécie de campeonato pan-americano, disputado em janeiro em São Paulo.

 

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Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.


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