Após início da corrida olímpica na praia, parceiro rompe com Alison
Demétrio Vecchioli
18/03/2019 10h47
Alison e André Stein (divulgação/CBV)
A dupla que nasceu para ser a mais forte do país no vôlei de praia está desfeita. Nesta segunda-feira (18), a assessoria de imprensa do campeão olímpico Alison anunciou que foi encerrada a parceira dele com o jovem André Stein, campeão mundial em 2017. E a decisão partiu exatamente de André, que decidiu dar novo rumo à carreira.
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"Não foi uma decisão fácil. Tínhamos muitas expectativas, um projeto bem planejado, mas, infelizmente, não conseguimos os resultados. Não foi por falta de empenho, de treino e dedicação. Estamos começando a corrida olímpica e, pensando no sonho que temos, de estar no Japão no ano que vem, acho que a hora de tomar essa decisão era agora", afirmou André, via assessoria.
O jogador, de apenas 24 anos, surpreendeu ao conquistar o título mundial de 2017 junto com Evandro. No meio do ano passado, também de forma surpreendente, Alison rompeu com Bruno Schmidt e convidou André para ser seu parceiro, quebrando a dupla que parecia a mais consistente do país.
Mas o time formado por Alison e André, treinado por Leandro Brachola, considerado o melhor técnico do país, não deu certo. Em oito etapas do Circuito Mundial, eles só passaram das quartas de final uma vez, para ficar com a prata em Moscou, no ano passado. Na etapa de Doha (Qatar), que abriu a corrida olímpica para os brasileiros, no fim de semana passado, sequer chegaram às oitavas, caindo na repescagem.
"Foi uma decisão do André e tenho que respeitar. Entendo o lado dele e fico triste porque nosso time tentou de tudo, trabalhou duro para alcançar os resultados, mas eles não vieram. Infelizmente a dupla acaba, mas fica uma amizade muito mais forte do que a que tínhamos antes, uma relação muito forte, de irmãos mesmo. Aconteceu tudo de repente e esse o momento é de ter calma. Ainda não estou pensando em parceiro. Quero chegar em casa e avaliar o que há de opções com calma", disse Alison, também via assessoria.
A quebra da dupla não deve, desta vez, gerar um efeito cascata, uma vez que os demais principais jogadores do país já estão com times fechados em busca da vaga olímpica. No mês passado, Bruno Schmidt se juntou a Evandro. Os antigos parceiros deles, Pedro Solberg e Vitor Felipe, passaram a atuar juntos. As outras duplas que disputam a corrida olímpica são Guto/Saymon e Ricardo/Álvaro Filho. George e Thiago correm muito por fora.
Sobre o autor
Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.
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Sobre o blog
Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.