Atletas pedem assembleia para destituir presidente da CBDA
A Comissão de Atletas da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) assinou documento pedindo a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE) em setembro que tem, entre os itens da pauta, a destituição do presidente Miguel Cagnoni. Além dos esportistas, pelo menos dez federações das 27 estaduais também respaldam o pedido. O número é suficiente para forçar a CBDA a convocar a AGE.
Presidente da comissão, Tammy Galera Takagi, dos saltos ornamentais, assinou o documento datado da última quarta-feira em nome dos atletas. No termo, a comissão assume o compromisso de deliberar, na AGE, a prestação de contas da CBDA referente ao primeiro semestre de 2019 e "a destituição do presidente Miguel Cagnoni, por justa causa, de modo a permitir seu direito de defesa".
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Como mostrou o Olhar Olímpico na quarta, a saída de Miguel é certa. Dois grupos políticos, porém, medem forças para assumirem o que restou da confederação. O próprio Miguel defende a convocação de uma nova eleição, tese defendida pelo grupo de Coaracy Nunes e pelo candidato deste grupo nas eleições passadas: o deputado estadual paraibano Ricardo Barbosa (PSB), que seria novamente candidato.
Do outro lado, o grupo que ajudou a eleger Miguel e se afastou dele por não concordar com sua postura centralizadora e pouco transparente, defende o que manda o estatuto: que o vice-presidente Luis Coelho assuma. O pernambucano promete ir a fundo para entender como a confederação chegou à situação de "pré-falência" apontada pelo Conselho de Ética do COB, o que não interessa nem a Miguel nem ao grupo de Coaracy.
Além da comissão de atletas, ao menos outras 10 federações estaduais já assinaram o pedido por uma AGE em setembro, provavelmente no dia 16: Rio de Janeiro (que lidera o movimento), Mato Grosso, Rondônia, Pará, Amapá, São Paulo, Espirito Santo, Mato Grosso do Sul, Acre e Tocantins. Celso Oliveira diz ter o apoio verbal de outras cinco.
Para ser aceita para fins de Lei Pelé e Lei Agnelo/Piva, a eleição precisa ter a participação de 1/3 dos atletas no colégio eleitoral. O problema é que até agora a ata da assembleia que alterou o estatuto da CBDA não foi registrada em cartório.
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