MPF investiga conduta de campeão olímpico em cargo comissionado
O campeão olímpico Pampa está na mira do Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro. Na última segunda-feira (1), no primeiro dia útil depois do encerramento da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (AGLO), o ainda ativo Grupo de Trabalho Olimpíadas 2016 pediu que a Procuradoria Geral do Rio apure as condutas de seis pessoas que foram funcionários comissionados do governo, seja na AGLO ou no Ministério do Esporte, e que não teriam cumprido suas funções. Pampa está entre eles.
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Pampa (André Felippe Falbo Ferreira), ex-jogador de vôlei, foi loteado como Superintendente de Novos Negócios na AGLO. Durante dois anos no cargo, o campeão olímpico de Barcelona-1992 não conseguiu concretizar nenhum "novo negócio", de acordo com o procurador da República Leonardo Mitidieri. A autarquia foi encerrada no domingo sem cumprir sua principal atribuição: dar destinação para as arenas construídas para os Jogos Olímpicos do Rio.
O procurador também quer que o MPF investigue por que o antigo diretor-executivo da AGLO Rodrigo Gouvea Gomes de Carvalho e o ex-secretário-executivo do Ministério dos Esportes Fernando Avelino não realizaram as atribuições previstas em lei de "promover estudos que proporcionem subsídios para a adoção de modelo de gestão sustentável sob os aspectos econômico, social e ambiental".
Da mesma forma, ele pede que sejam apuradas as condutas do ex-diretor de Gestão Interna Leonardo Maciel, do ex-superintendente de concessões administrativas Eduardo Galdino e do seu assessor André Piazza, que não encaminharam nenhum estudo ou contrato de concessões administrativas.
Criada em março de 2017, a AGLO tinha como principais atribuições "viabilizar a adequação, a manutenção e a utilização das instalações esportivas olímpicas", administrá-las e promover os estudos que proporcionassem subsídios para a adoção de modelo de gestão sustentável.
No ano passado, durante o governo Michel Temer (MDB), o Ministério do Esporte contratou o BNDES para realizar esse estudo, por R$ 16 milhões. O próprio Mitidieri interferiu, apontando que a AGLO já tinha funcionários para fazer esse trabalho, e a contratação foi suspensa. Agora, no governo Jair Bolsonaro (PSL), a Secretaria Especial do Esporte mandou reativar o contrato com o BNDES.
O blog tentou contato com Pampa pelas redes sociais, mas não recebeu resposta até a publicação dessa reportagem. Quando houver retorno, a matéria será atualizada.
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