Governo do Rio reabre estádio de atletismo sem a pista de atletismo

Estádio de Atletismo Célio de Barros virou depósito para reforma do Maracanã em 2013 (Júlio César Guimarães/UOL)
Salvo pelo gongo de ser completamente derrubado em 2013, o Estádio de Atletismo Célio de Barros, no complexo do Maracanã, reabrirá seus portões neste sábado. A Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude do Rio diz que "revitalizou" as arquibancadas para 9 mil pessoas e recuperou uma pista de aquecimento de 100 metros. Mas o estádio segue sem sua razão de existir: a pista de atletismo.
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Quando o Estádio do Maracanã estava sendo reformado para a Copa do Mundo, o projeto previa a demolição do Célio de Barros e do Parque Aquático Julio de Lamare para a construção de dois edifícios garagem de 22 metros de altura com restaurantes, bares e lojas. Na esteira daqueles protestos de julho de 2013, a Defensoria Pública da União proibiu por 30 dias a demolição dos dois equipamentos. Logo depois, o então governador Sérgio Cabral (MDB) anunciou a desistência do plano.
Naquele final de julho de 2013, o Julio de Lamare ainda estava intacto, mas o Célio de Barros já havia virado escombros. Desde então, pouca coisa mudou. O terreno foi limpo e inclusive virou sede de um parque de diversões temporário. Mas até hoje o estádio, propriamente dito, não existe. O governo do Rio já solicitou um repasse do governo federal para reconstruir a pista, mas não obteve resposta ainda.
Neste sábado (11), o governador Wilson Witzel (PSC) reabre um "estádio" que, na verdade, é uma arquibancada. Debaixo dela, que ficava em frente à reta principal, existe uma pista antes usada para aquecimento. E também um auditório, para 115 lugares. Além disso, o governo diz ter alterado a identidade visual, podado arbustos, plantado mudas de plantas e restaurado a fachada do redor do estádio.
O plano é que sejam realizadas no auditório as audiências públicas obrigatórias para a discussão do modelo da nova concessão do complexo do Maracanã à iniciativa privada. O governo tem 180 dias, a partir de 19 de abril (data em que assinou com o Flamengo) para apresentar o projeto.
Enquanto isso, o Julio de Lamare funciona a pleno vapor. O parque aquático foi reaberto no ano passado, ainda na gestão de Eduardo Pezão (MDB), em parceria com a Associação Bauruense de Desportos Aquáticos (ABDA), que ocupa o espaço oferecendo diversas escolinhas de esportes aquáticos. No mês passado, já na gestão Witzel, foram reinauguradas as piscinas olímpica e de saltos, que até então estavam fechadas.
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