Pacaembu tem ao menos três quedas "pontuais" de energia em uma semana
Enquanto a Justiça posterga decisão sobre a continuidade do seu processo de concessão à iniciativa privada, o Complexo Esportivo do Pacaembu tem sofrido com problemas elétricos. Só durante a semana passada, em ao menos três momentos os frequentadores das piscinas tiveram que tomar banho gelados. A prefeitura de São Paulo diz que as quedas de energia são "pontuais".
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Os apagões foram relatados por um grupo de frequentadores que vem atuando contra a privatização do espaço. De acordo com uma dessas usuárias, que falou ao telefone com o Olhar Olímpico, nas três vezes em que ela esteve no Pacaembu para treinar natação durante a semana, os banheiros estavam sem energia elétrica. Ela relatou problemas no domingo à tarde, na terça e na quinta-feira pela manhã.
A Secretaria Municipal de Esporte (SEME) inicialmente negou que o complexo tenha passado por qualquer problema elétrico recentemente, explicando que, nos dias de jogos, cinco horas antes de iniciar a partida, o gerador é acionado. Para isso, é necessário que a energia seja desligada por dois minutos.
Depois, confrontada com as reclamações dos usuários, a prefeitura disse que as quedas de energia nos vestiários da piscina ocorreram "de forma pontual" por causa do "grande número de usuários", o que provoca o desarme do disjuntor. "Em todos os casos, ele foi prontamente religado pela equipe técnica. Não está previsto nenhum tipo de reforma, já que o mesmo, está em processo de concessão", completou a prefeitura.
O Pacaembu teve um aumento expressivo no número de usuários nos últimos meses, depois que a prefeitura admitiu que associados de outros clubes municipais também utilizem a instalação deste complexo esportivo, único com piscina olímpica. Antes, só podiam frequentá-lo os portadores de carteirinha do Pacaembu, que por sua vez era concedida apenas a moradores do entorno.
Essa redescoberta do Pacaembu, porém, vem em um momento em que o complexo esportivo está perto de ser concedido à iniciativa privada. A prefeitura abriu em fevereiro os envelopes da concorrência internacional, que apontaram que a Concessionária Patrimônio SP apresentou a maior oferta de outorga fixa. Mas o processo está sendo questionado judicialmente pela Associação Viva Pacaembu, que havia conseguido, antes até da abertura das propostas, duas liminares suspendendo o edital de concessão.
Ao mesmo tempo, a prefeitura diz que não pode realizar obras no complexo enquanto estiver em curso o processo de concessão. É que, se o local passar por melhorias, a prefeitura entregaria ao futuro concessionário um equipamento em tese de maior valor do que aquele previsto em edital.
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