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Floresta dos Atletas tem primeira árvore plantada 3 anos após Rio-2016

Demétrio Vecchioli

25/09/2019 13h53

Prefeito Marcelo Crivela (de terno, ao centro) planta primeira árvore da Floresta dos Atletas (divulgação/Secretaria do Legado Olímpico)

Em agosto de 2016 os organizadores da Olimpíada do Rio anunciavam uma proposta ousada: plantariam uma muda de árvore para cada atleta que disputou os Jogos Rio-2016. Desde então são três anos de uma novela que começou a ter seu final feliz nesta quarta-feira (25), quando foi plantada a primeira muda do que promete ser a "Floresta dos Atletas". A promessa é que todas as mais de 13 mil árvores sejam plantadas em até um ano.

A solução para o imbróglio foi encontrada pela prefeitura do Rio de Janeiro. Quando a promessa foi feita, nenhum ente assumiu oficialmente o compromisso de pagar pelas então mudas de uma empresa privada e plantá-las em um terreno público na zona norte do Rio. Em tese a responsabilidade deveria ser do Comitê Rio-2016, que está falido, ou do Comitê Olímpico Internacional (COI), que sempre tirou o corpo fora.

Ao Olhar Olímpico, há um mês, o diretor da Cerimônia de Abertura, Fernando Meirelles, disse que passava uma "vergonha planetária" pela floresta nunca ter saído do papel.

Coube ao governo municipal encontrar um jeito de resolver a questão, num modelo que envolve créditos de compensação ambiental. A Secretaria Municipal de Meio-Ambiente concedeu R$ 3,393 milhões em créditos para a BioVert Engenharia Ambiental, que desde 2016 cuida das mudas – que hoje já são arbustos. Empresas que executarem grandes obras e precisarem, em troca, adotar medidas de compensação ambiental, podem comprar esses créditos da BioVert. 

"As mudas que pertenciam a uma empresa privada passam a ser públicas e serão plantadas em um equipamento público. É ótimo em termos de custo benefício. A prefeitura assumiu o problema, chamou para ela, em um momento que é bem apropriado para falar de questões ambientais", elogia a subsecretária de Legado Olímpico, Patrícia Amorim (PRB), ressaltando o trabalho do colega, Marcelo Queiroz (PP), que comanda o Meio-Ambiente.

No cálculo de R$ 3,393 milhões entram não só as mudas, mas também o transporte delas e a manutenção da Floresta por um ano. A nova floresta, que poderá receber ainda um número expressivo de novas áreas, é contígua ao Parque Olímpico de Deodoro, na zona norte do Rio.

 

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Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.


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