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Revezamento do Pinheiros faz melhor tempo do mundo no Troféu Brasil

Demétrio Vecchioli

19/04/2019 19h38

( Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

Com os quatro componentes do revezamento 4x100m livre do Brasil que vai ao Mundial da Coreia do Sul, o Esporte Clube Pinheiros tinha a vitória garantida no Troféu Brasil de Natação, nesta sexta-feira (19), no Rio. A briga era contra o relógio. Em uma demonstração de força, o time formado por Gabriel Santos, Breno Correia, Marcelo Chierighini e Pedro Spajari anotou 3min12s09, resultado que vale a liderança do ranking mundial.

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Claro que a temporada está só começando, mas diversos fatores mostram como o resultado foi bom. Em 2018, esse tempo só não seria líder do ranking porque o Brasil venceu o Pan-Pacífico com uma marca sete centésimos mais baixa. Em 2017, com um desempenho assim, o Pinheiros teria sido quarto colocado no Mundial – atrás dos EUA, do Brasil e da Hungria.

Nos 100m livre, o Brasil tem quatro dos 14 melhores tempos do mundo. A começar por Marcelo Chierighini, que venceu o Troféu Brasil com 47s68 na quinta e se tornou o melhor brasileiro de todos os tempos sem os trajes tecnológicos – no geral, ele só perde de Cesar Cielo. Breno, Pedro e Gabriel também estão no top14. E ainda André Luiz Souza em 24º e Marco Antônio Ferreira em 26º pelo tempo abrindo o revezamento do Minas Tênis Clube, que também seria índice para o Mundial.

O momento também é ótimo para o 4x200m livre, que bateu o recorde mundial em piscina curta no fim do ano passado. Com dois atletas da seleção (Breno e Luiz Altamir), o Pinheiros ficou a um décimo de bater o recorde sul-americano, na quinta. Com a marca que Altamir fez para abrir o revezamento, agora o Brasil tem três nadadores entre os 14 melhores do mundo nos 200m. E João de Lucca em 20º.

Mais índices

Prova emocionante também nos 100m peito, na qual quatro brasileiros nadaram abaixo do índice para o Mundial, chegando muito muito perto entre si. Tanto que houve empate na primeira colocação, entre Felipe Lima e João Luiz Gomes Jr, ambos com 59s56, equivalente ao 12º tempo do ranking mundial. Felipe França (59s71) e Caio Pumputis (59s72) chegaram logo depois. Perto do Mundial pelo resultado feito nos 200m peito, Caio é de 12 a 14 anos mais novo que os rivais. Com apenas 18 anos, tem tudo para esquentar a briga por Tóquio-2020 no ano que vem.

Nos 200m borboleta, Luiz Altamir e Leo de Deus também travaram disputa braçada a braçada, com vitória de Altamir: 1min56s77 a 1min56s95, uma diferença de 18 centésimos. Nenhum dos dois, porém, fez o índice A da Federação Internacional para o Mundial, que é 1min56s71. Como Luiz Altamir será convocado para nadar o revezamento 4x200m livre e tem o índice B, ele poderá nadar também os 200m borboleta na Coreia do Sul.

Depois de nadar os 800m com dois quilos a menos, sofrendo com diarreia, Guilherme Costa se recuperou vencendo os 1.500m. Não chegou perto do seu melhor, mas fez índice para o Mundial: 15min05s91. Diogo Villarinho também: 15min06s80.

Nas provas femininas continua frustrante o desempenho das nadadoras brasileiras. Após quatro dias de Troféu Brasil, só uma prova foi vencida por uma atleta da casa: Etiene Medeiros, nos 100m costas. Nesta sexta, a italiana Ilaria Cusinato venceu nos 200m borboleta e a argentina Macarena Ceballos levou os 100m peito. As melhores brasileiras foram Giovanna Diamante e Jheniffer Conceição, respectivamente, ambas longe de fazer índices.

Por enquanto, estão garantidos no Mundial 11 atletas:

Breno Correia (100m e 200m livre, 4x200m e 4x100m livre)
Marcelo Chierighini (100m livre, 4x100m livre e 4x100m medley)
Fernando Scheffer (200m livre e 4x200m livre)
Luiz Altamir (4x200m livre, mas também nada os 200m borboleta)
João de Lucca (4x200m livre)
Pedro Spajari (4x100m livre)
Gabriel Santos (4x100m livre)
Guilherme Guido (100m costas e 4x100m medley)
Vinicius Lanza (100m borboleta e 4x100m medley)
João Luiz Gomes Jr (100m peito e 4x100m medley)
Felipe Lima (100m peito e 4x100m medley)

Outros seis têm índice, mas não estão garantidos:

Brandonn Almeida (400m medley)
Etiene Medeiros (100m costas e 100 livre)
Viviane Jungblut (800m e 1.500m livre)
Guilherme Costa (1.500m livre)
Diogo Villarinho (1.5000m livre)
Caio Pumputis (200m peito)

Caso mais de 24 atletas se classifiquem, as vagas ficarão com os que tiverem melhor colocação no ranking de 2018, considerando dois atletas por país. Entre eles, a prioridade é de Brandonn (10º), seguido de Caio (16º), Guilherme (16º), Diogo (18º), Etiene (22ª no costas)  e Viviane (26ª nos 800m). Vivi e Diogo já vão ao Mundial na maratona aquática.

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Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.


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