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Cheirighini faz 3º tempo do mundo e revezamento mostra força por Tóquio

Demétrio Vecchioli

18/04/2019 18h38

( Satiro Sodré/SSPress/CBDA)

Nas eliminatórias, pela quarta vez na vida, Marcelo Chierighini nadou os 100m livre em 48s11, melhor marca da vida. Parecia uma sina, um tabu, enfim quebrado. Nesta quinta-feira (18) à noite, ele deu espetáculo e venceu uma final fortíssima do Troféu Brasil de Natação, no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio. Fez47s69, terceiro melhor tempo do ranking mundial e marca que lhe valeria a prata no Campeonato Mundial de 2017.

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O resultado ganha em expressão quando se observa os tempos dos seus rivais. Breno Correia completou em segundo, com 48s11. Pedro Spajari chegou em terceiro, com 48s34 e Gabriel Santos foi o quarto, com 48s53. Essas são, respectivamente, a quinta, nona e 12ª melhores marcas da temporada. Como comparação, o tempo necessário para ir à final do Mundial de 2017 foi 48s30.

Como o Troféu Brasil é a única seletiva brasileira para o Mundial de 2019, que será disputado na Coreia do Sul, Chierighini e Breno ganharam o direito de nadar os 100m livre nessa competição, em julho. Terão a companhia de Spajari e Gabriel no revezamento 4x100m livre, que vem de prata no Mundial de 2017 e tem tudo para brigar de igual para igual com os Estados Unidos pelo ouro em 2019.

Para a Olimpíada de Tóquio, a expectativa é ainda melhor. Breno tem só 20 anos e está em franca evolução, assim como André Luiz Souza de apenas 18 anos, que terminou em quinto, com 48s74, também abaixo do índice para o Mundial, e deve entrar na briga por uma vaga olímpica no ano que vem.

Bruno Fratus fechou em sexto e agora depende dos 50m livre, sua especialidade, para estar no Mundial. Aí, pode ajudar o revezamento. O mesmo vale para João de Lucca, já garantido no Mundial pelo revezamento 4x200m e que terminou em sétimo.

Outras provas

Brandonn Almeida também irá ao Mundial. Ele venceu os 400m medley com 4min13s69, que é a oitava melhor marca da temporada e índice para a competição. A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) definiu que a convocação terá no máximo 24 atletas, com as vagas sendo definidas com base na colocação relativa ao ranking mundial de 2018. Em 10º, Brandonn é o melhor entre os brasileiros com índice.

Segundo colocado na prova, Leonardo Santos fechou em 4min17s98, ficando oito centésimos acima do índice mínimo exigido para o Mundial. Ele ainda deve tentar a vaga pelos 200m medley.

Etiene Medeiros, que já tinha índice nos 100m costas, agora também tem a marca mínima para os 100m livre. Ela foi derrotada pela norte-americana Mallory Elisabeth, contratada do Minas Tênis Clube, mas fechou a prova como melhor brasileira, com 54s48. Ficou um centésimo abaixo do índice.

O critério para a convocação dos revezamentos é a soma do tempo dos quatro melhores brasileiros, que precisa ficar abaixo de um índice pré-estabelecido. Etiene, Larissa Oliveira (54s59), Daynara de Paula (55s18) e Manuella Lyrio (55s48) ficaram a cerca de dois segundos desse mínimo exigido.

Sem Joanna Maranhão, aposentada, a prova de 400m medley teve nível técnico baixíssimo entre as brasileiras. Quatro estrangeiras ficaram nas quatro primeiras colocações, com direito a duas argentinas em terceiro e quarto. A melhor brasileira foi Fernanda Goeij, com 4min51s10. Ela ficou oito segundos acima do índice para o Mundial.

Por fim, na prova de 1.500m livre feminina, agora olímpica, a vitória ficou com a italiana Delfina Pignatiello, reforço do Pinheiros. Viviane Jungblut foi a melhor brasileira, com 16min30s00, ultrapassando novamente o índice para o Mundial – ela já havia se qualificado pelos 800m. Vivi estará também nas provas de 5km e 10km da maratona aquática na Coreia do Sul.

Time do Mundial

Por enquanto, vão ao Mundial Breno Correia (100m e 200m livre, 4x200m e 4x100m livre), Marcelo Chierighini (100m livre, 4x100m livre e 4x100m medley), Fernando Scheffer (200m livre e 4x200m livre), Luiz Altamir (4x200m livre), João de Lucca (4x200m livre), Pedro Spajari (4x100m livre), Gabriel Santos (4x100m livre), Guilherme Guido (100m costas e 4x100m medley) e Vinicius Lanza (100m borboleta e 4x100m medley).

Brandonn Almeida (400m medley), Etiene Medeiros (100m costas e 100 livre), Viviane Jungblut (800m livre) e Caio Pumputis (200m peito) têm índice, mas dependem de outros fatores. Caso mais de 24 atletas se classifiquem, as vagas ficarão com os que tiverem melhor colocação no ranking de 2018, considerando dois atletas por país. Entre eles, a prioridade é de Brandonn (10º), seguido de Caio (16º), Etiene (22ª no costas, 26ª no livre)  e Viviane (26ª).

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Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.


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