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Brasil Open é confirmado com a chave mais fraca do circuito mundial

Demétrio Vecchioli

15/01/2019 17h10

Ibirapuera recebe público razoável nesta quinta-feira
(Marcello Zambrana/ DGW Comunicação)

O Brasil Open de Tênis, que passa por dificuldades financeiras, está confirmado para ser realizado entre os dias 25 de fevereiro e 3 de março no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Nesta terça-feira (15), a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) anunciou, como de praxe, a 45 dias do início da competição, a lista de inscritos. E ela é pior do que qualquer outro torneio do circuito mundial da ATP no ano passado.

Se todos os outros torneios do calendário tiveram pelo menos um atleta ranqueado entre os 30 melhores do mundo, a lista de inscritos no Brasil Open não tem nenhum jogador que hoje esteja no Top40. Os mais bem colocados são o tunisiano Malek Jaziri (43º), o português João Sousa (44º), o argentino Leonardo Mayer (53º) e o espanhol Albert Ramos-Vinolas (64º).

Único torneio do nível ATP 250 marcado para acontecer na mesma semana que dois torneios de nível ATP 500, o Brasil Open tem aquela que é considerada a pior data do calendário. Mas vinha conseguindo contornar o problema. Em 2018, por exemplo, contou com quatro atletas Top40 do mundo, com destaque para o italiano Fabio Fognini, então 20º, que ficou com o título.

Agora, com a Koch Tavares passando por sérias dificuldades financeiras, como já mostrou o Olhar Olímpico, os organizadores do Brasil Open não conseguiram convencer atletas de renome a viajarem a São Paulo para um torneio indoor no saibro. Mesmo se o critério for a soma dos rankings dos oito mais bem ranqueados, a competição tem nível mais fraco do que Quito (Equador) e Newport (EUA), que foram as duas mais esvaziadas do ano passado.

A lista ainda pode mudar porque a organização tem três convites, que ela pode distribuir para atletas que não se inscreveram ou para brasileiros de diferentes níveis. A lista fechou no italiano, hoje número 116 do ranking, e portanto não abrangeu nenhum tenista do Brasil. Hoje, o melhor do país é Thiago Monteiro, número 126.  Rogério Dutra Silva está dez posições abaixo.

Na semana passada, quando fechou a lista do Rio Open, o blog Saque e Voleio mostrou que a chave de 2019 será a mais fraca da história do torneio. Os cabeças de chave, hoje, seriam o austríaco Dominic Thiem (8º), os italianos Fabio Fognini (13º) e Marco Cecchinato (18º), o argentino Diego Schwartzman (19º), o argentino Pablo Carreño Busta (24º), o marroquino Malek Jaziri (42º), o chileno Nicolas Jarry (43º) e o português João Sousa (44º). Desses, só Jaziri e Sousa ficarão mais uma semana no país, para o Brasil Open. 

Diferente do torneio do Rio, que manteve a maior parte dos patrocinadores e substituiu os que não renovaram, o Brasil Open até agora fechou com poucos patrocinadores. Pela Lei de Incentivo ao Esporte, o torneio recebeu uma doação de R$ 500 mil do Terra, empresa de internet que hoje pertence à Vivo, seu patrocinador principal. Também vão apoiar a competição, segundo o Brasil Open, a Fly Emirates, TIVIT, Estácio e American Express.

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Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.


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