Scheffer bate recorde sul-americano dos 200m livre com 4ª marca do mundo
Demétrio Vecchioli
21/12/2018 14h05
Fernando Scheffer (Satiro Sodré/SSPress/CBDA)
Fernando Scheffer salvou o Torneio Open, evento que fecha a temporada na natação brasileira e que este ano está bastante esvaziado. Nesta sexta-feira (21), última dia da competição, ele melhorou o próprio recorde sul-americano dos 200m livre, estabelecendo a quarta marca do mundo em 2018 na piscina longa.
Scheffer nadava em casa. Gaúcho de Canoas (RS), ele foi formado no Grêmio Náutico União, que recebe a competição. Agora no Minas Tênis Clube, foi um dos poucos atletas da elite da natação brasileira a topar disputar a competição, que começou três dias depois do fim do Mundial de Piscina Curta na China.
Enquanto a maioria dos atletas que disputaram o Mundial voltaram para casa para descansar, ele fez uma pausa no GNU e competiu. Nesta sexta, venceu os 200m livre em 1min45s51, mesmo cansado da viagem e sem preparação específica – o polimento visou o Mundial de Piscina Curta.
A marca é a quarta melhor do mundo em 2018, atrás do lituano Danas Rapsys (1min45s12), do britânico Duncan Scott (1min45s34) e do chinês 1min45s43. E coloca Scheffer muito perto do necessário para subir ao pódio em grandes competições – tanto na Rio-2016 quanto no Mundial do ano passado, o medalhista de bronze fez 1min45s23, 28 centésimos a menos do que a marca do brasileiro desta sexta.
A expectativa, porém, é de evolução. No Troféu Brasil, Scheffer, que tem 20 anos, havia estabelecido o recorde nacional em 1min46s08. De abril para cá, melhorou 57 centésimos. É uma evolução expressiva, de quase um segundo na comparação o recorde que vigorava antes dele, de João de Lucca.
Scheffer foi um dos destaques do Brasil no Mundial de Piscina Curta, na China, ajudando a equipe brasileira a vencer o revezamento 4x200m livre, com recorde mundial. Por ter nadado mal os 200m no Finkel, seletiva para a competição, não nadou a prova individual na China. Nela, Breno Correia foi quarto colocado e Luiz Altamir o oitavo.
Os três vivem ótima fase. Altamir abriu o revezamento com marca que lhe daria o bronze na prova individual. Depois, Breno e Scheffer fizeram as duas parciais mais rápidas do revezamento.
Sobre o autor
Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.
Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.
Sobre o blog
Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.