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Calor frustra tentativa de recorde mundial, mas Kipchoge vence em Londres

Demétrio Vecchioli

22/04/2018 08h40

Ainda não foi desta vez que o tênis futurista da Nike fez diferença e permitiu a quebra de um recorde mundial. Afinal, ainda não inventaram uma tecnologia para suportar o calor. Neste domingo, na edição mais quente da história da Maratona de Londres, o queniano Eliud Kipchoge até que tentou imprimir um ritmo de recorde mundial, mas não suportou os 22ºC da corrida, e venceu pouco mais de 1 minuto acima do esperado: 2h04min16s – tempo não oficial.

Aos 33 anos, Kipchoge reforçou seu posto como o maior maratonista da atualidade – e um dos maiores da história. Ele estreou em 2013 e, de 11 provas, só não ganhou uma: a Maratona de Berlim de 2014. Desde então, venceu todas, correndo sempre duas Majors por ano. Como também levou Berlim em setembro, o queniano pela terceira temporada seguida é o campeão da série, que reúne as seis maratonas mais importantes – são duas séries, uma em abril outra em setembro, com cada atleta correndo duas vezes.

Em Londres, a expectativa era por um recorde mundial. Kophoge até correu nesse ritmo na primeira metade da prova, mas acabou sucumbindo ao calor. Depois dos 30km, claramente desistiu da ideia e se esforçou apenas em conseguir um bom resultado, garantindo a vitória. Ele foi acompanhado de perto até por volta do quilômetro 35 por Tola Shura Kitata, da Etiópia, que fez 2h05min00s, seu recorde pessoal – Kitata vinha de vitórias em Frankfurt e Roma.

Já o terceiro lugar foi o mais festejado: Mo Farah. Menos de um ano depois de se despedir das provas de pistas e migrar para a maratona, ele baixou em quase um minuto o recorde britânico, que durava 32 anos. Fez 2h06min32s. Nascido na Somália, mas criado na Inglaterra, Farah chegou a flertar com o recorde europeu (2h05min48s), mas não foi tão longe. De qualquer forma, essa foi só sua segunda maratona – na primeira, sem preparação específica, também em Londres, em 2014, havia sido oitavo.

Na prova feminina, vitória de uma campeã olímpica. Ouro nos 5.000m na Rio-2016 e, assim como Mo Farah, dona de quatro medalhas olímpicas nos 5.000m e 10.000m nas últimas duas edições dos Jogos, a queniana Vivian Cheruiyot ganhou com 2h18s30, quase dois minutos à frente de Brigid Kosgei. O resultado também foi comemorado pelos britânicos, uma vez que Paula Radcliffe continua então dona do recorde mundial: 2h15min25s, desde a Maratona de Londres de 2013.

Viena

Também neste domingo aconteceu a Maratona de Viena, onde o recordista mundial Dennis Kimetto falhou em completar a prova – ele a abandonou com lesão. Assim, completou dois anos sem encerrar uma maratona. A últimaf foi em Londres, em 2016. A vitória ficou com o marroquino Salaheddine Bounasser. O brasileiro Paulo Roberto de Paula terminou em nono, com 2h13min30s, o que o coloca na liderança do ranking nacional. É também o melhor resultado desde desde 2015.

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Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.


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