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Fernando Scheffer bate recorde sul-americano na abertura do Troféu Brasil

Demétrio Vecchioli

17/04/2018 19h49

Fernando Scheffer foi a grande notícia do primeiro dia do Troféu Brasil de Natação – antigo Maria Lenk. Na primeira sessão de finais, na tarde desta terça-feira, o nadador do Minas Tênis Clube bateu o recorde sul-americano dos 400m em uma prova de bom nível técnico. Revelação de recém-completados 20 anos, ele marcou 3min49s06, melhorando em 40 centésimos o recorde que era de Brandonn Almeida desde 2016.

O resultado pode não vai servir para levá-lo ao Pan-Pacífico. Para o torneio de agosto, no Japão, mais importante da temporada, a CBDA vai convocar quatro integrantes do revezamento 4x100m livre masculino e outros 12 atletas. A escolha será pelo melhor posicionamento da marca da final do Troféu Brasil no ranking mundial de 2017 – e não deste ano. Scheffer fica em 38.º.

Mesmo assim, há nítida uma evolução no meio-fundo da natação brasileira. Além de Scheffer, o pódio teve Luiz Altamir (3min50s51) e Giuliano Rocco (3min50s85). Brandonn Almeida arriscou deixar um gás para o final, falhou, e terminou em quarto, apenas.

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Em termos absolutos, pelo índice técnico, o melhor resultado da noite foi de Vinicius Lanza, outro jovem, este de 21 anos, que ganhou os 100m borboleta com 51s42, terceiro tempo do ranking mundial de 2018. Henrique Martins, 11º colocado no Mundial do ano passado, desta vez terminou apenas em terceiro, com 52s28. A prata ficou com outro garoto de 20 anos, Iago Amaral, com 52s08. No ranking de 2017, Vinicius, Iago e Henrique entram como 14º, 27º e 44º, respectivamente.

A prova dos 100m borboleta foi melhor inclusive do que a dos 100m peito, que há anos vem sendo a mais disputada da natação brasileira. Desta vez, só João Luiz Gomes Jr nadou na casa dos 59 segundos, e apertado: 59s98. Felipe França fez 1min00s26 e teria direito a uma possível segunda vaga no Pan-Pacífico – há a possibilidade de ambos abrirem mão e optarem por focar no Mundial de Piscina Curta. Felipe Lima terminou em terceiro, com 1min00s36. Respectivamente, eles ficam em 30º, 40º e 49º.

Nas provas femininas, nenhum resultado expressivo, ainda que Daynara de Paula tenha conquistado uma prioridade de convocação sobre Felipe França, por exemplo. Ela venceu os 100m borboleta com 58s67, sendo mais lenta do que pela manhã – pela primeira vez só as finais valem como tomada de tempo -, mas fica em 39º no ranking..

Nos 100m peito, Jhennyfer Conceição, a melhor brasileira terminou em quarto, com 1min08s46, ficando em 69º no ranking. Já nos 400m livre vitória de Viviane Jungblut, com 4min12s47, em 96º. Vivi já vai ao Pan-Pacífico na maratona aquática, junto com Ana Marcela Cunha, que por sua vez nem pegou final nos 400m. Assim, poderia ser inscrita em provas de piscina.

Para fechar a noite, os revezamentos 4x100m livre. A grande expectativa é pelo que poderia fazer o time do Pinheiros, que era favorito nas duas provas – e ganhou ambas. No masculino, com recorde do campeonato. Ainda assim, a marca foi quatro segundos mais lenta do que o recorde sul-americano obtido no ano passado. A equipe deve ser a base da seleção, uma vez que tem Cesar Cielo, Gabriel Santos, Breno Correia e Pedro Spajari. Em má fase, Matheus Santana nem foi utilizado. Pelo Minas, Bruno Fratus fez 48s4 em saída lançada e reforçou que deve ter lugar na seleção.

 

 

 

 

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Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.


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