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Brasil retrocede e terá só nove atletas na Olimpíada de Inverno

Demétrio Vecchioli

22/01/2018 12h40

Jaqueline Mourão em Sochi ( Kirsty Wigglesworth / AP)

O Brasil voltou a um estágio anterior ao início do investimento estatal nos esportes de inverno e terá apenas nove representantes nos Jogos Olímpicos de Pyeongchang, na Coreia do Sul, a partir do próximo dia 9 de fevereiro. Neste século, a lista só não é inferior à de 2010, quando o Comitê Olímpico do Brasil (COB) só enviou cinco representantes a Vancouver, no Canadá. Na edição passada, em Sochi, o time brasileiro teve 13 representantes. Tanto em 2014 quanto agora em 2018, há ainda um atleta reserva no bobsled.

A meta tangível para Pyeongchang era ter 12 atletas, mas o Brasil falhou em duas tentativas de classificação. No bobsled feminino, a dupla brasileira ficou atrás de Jamaica, Japão, Romênia e China na briga pela última das vagas – os demais países estão muito adiante. Já no esqui alpino feminino, o Brasil não ganhou seu tradicional convite.

A grande novidade para 2018 é a convocação de Victor Santos, jovem que começou a praticar o esqui cross country em um projeto social dentro da Cidade Universitária da USP, em São Paulo. Ele tem apenas 21 anos e é treinado por Leandro Ribela, que ficou com o convite destinado ao cross country brasileiro na edição passada dos Jogos, em Sochi.

Na mesma prova, a vaga feminina foi mais uma vez para Jaqueline Mourão, de 39 anos, que vai para sua sexta Olimpíada, voltando a igualar a jogadora de futebol Formiga como recordista brasileira em participações. A veterana esteve em outras três edições dos Jogos de Inverno e, antes, disputou duas como ciclista de mountain bike, na Olimpíada de Verão.

Outra figurinha carimbada que volta aos Jogos é Isabel Clark, do snowboard. Nova colocada em Turim, em 2006, ela disputará a Olimpíada de Inverno pela quarta vez na carreira. Na neve, a delegação será completada por Michel Macedo, de 19 anos, que venceu uma disputa interna contra Guilherme Grahn, de 21, pelo convite no esqui alpino. Será a estreia dele em Olimpíadas.

A Confederação Brasileira de Desportos de Gelo (CBDG) será responsável por um grupo de cinco atletas em Pyeongchang, sendo quatro do bobsled. Pela primeira vez, o Brasil conseguiu classificar-se tanto para o 4-man (trenó para quatro pessoas) quanto para o 2-men (para duas), mas os atletas são os mesmos. Edson Bindilatti será o piloto do Brasil tanto no quarteto quanto nas duplas e participará dos Jogos Olímpicos pela quarta vez. Ele terá a companhia de Odirlei Pessoni, Rafael Souza e Edson Martins, que também formará a equipe no 2-man. Erick Vianna será o reserva.

A delegação será completada por Isadora Williams, que completará 22 anos um dia antes de cerimônia de abertura. Esta será sua segunda Olimpíada, depois de estrear em Sochi.

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Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.


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