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Homem de confiança de Nuzman, Agberto Guimarães é demitido pelo COB

Demétrio Vecchioli

23/11/2017 20h33

(Heitor Vilela/COB)

Começou a série de demissões prometida por Paulo Wanderley, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB). Nesta quinta-feira, a entidade anunciou a demissão que toda a comunidade esportiva já esperava: de Agberto Guimarães, que não é mais diretor executivo de Esportes. Oficialmente, a saída dele foi "em comum acordo, e seguindo a reestruturação assumida pela nova gestão".

Agberto era um dos homens de confiança de Carlos Arthur Nuzman e chegou ao COB depois de trabalhar no Comitê Rio-2016. Contratado em outubro do ano passado, ele assumiu o lugar de Marcus Vinicius Freire como o homem à frente de toda a parte esportiva do comitê. À época, recebeu de Nuzman uma "carta branca" para cuidar da preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Ex-atleta olímpico de atletismo e campeão pan-americano nos 800m e 1500m em Caracas 1983, Agberto Guimarães foi diretor executivo de Esportes e Integração Paroalímpica no Comitê Rio-2016. Ali, ganhou a confiança de Nuzman, que o levou para o COB quando já não fazia sentido manter o cargo de Agberto no comitê organizador e quando o próprio Nuzman voltou a cuidar do COB no dia-a-dia.

A ligação estreita entre os dois sempre foi nítida e, por isso, desde que Nuzman renunciou à presidência do COB no dia 11 de outubro, dando lugar ao vice Paulo Wanderley, a demissão de Agberto já era esperada. Fontes ouvidas pelo Olhar Olímpico nos últimos dias, porém, garantiam que o ex-fundista também não tinha interesse em continuar no cargo.

Não é coincidência que Agberto tenha sido demitido um dia depois de a assembleia geral aprovar uma mudança radical no estatuto do COB. As alterações, incentivadas por Paulo Wanderley, ajudaram a encerrar a 'era Nuzman' à frente do comitê e deram inicio a uma "nova fase". E, nesta nova fase, um dos homens de confiança de Nuzman não tinha lugar.

Antes, também já havia sido demitido o então secretário-geral Sérgio Lobo, que também trabalhava como diretor financeiro. Ainda com Nuzman na cadeia, o general Augusto Heleno, ex-comandante das tropas do Exército brasileiro no Haiti, pediu demissão de seu cargo como diretor do Instituto Olímpico e do departamento de Comunicação e Educação Corporativa do COB.

Paulo Wanderley faz as contas para demitir ainda mais gente. Como Agberto estava no cargo há pouco mais de um ano, sua rescisão não era tão alta, apesar do alto salário. O presidente do COB quer cortar de 15% a 25% da folha salarial, que hoje tem cerca de 200 pessoas, segundo apurou o blog.

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Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.


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