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Romário expulsa quem ajudou Picciani, mas liberou Bebeto para não votar

Demétrio Vecchioli

18/11/2017 15h47

(divulgação)

Presidente do Podemos no Rio de Janeiro e pré-candidato ao governo do estado pelo partido, antigo PTN, o senador Romário decidiu neste sábado abrir um procedimento disciplinar contra os deputados estaduais do partido que votaram pela soltura de Jorge Picciani (PMDB) da cadeia. Um outro deputado do partido, que não compareceu à votação, porém, acabou não precisando votar nem a favor nem contra o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj): o também tetracampeão Bebeto. Afinal, ele não apareceu à sessão extraordinária convocada um dia antes.

Também na sexta-feira, mais cedo, Bebeto esteve em um evento no Rio, junto com Romário, para assinar sua filiação ao Podemos. Deputado estadual então no PDT, ele pode ser candidato à reeleição ou até compor uma chapa com o Baixinho, revivendo a dupla de ataque do Tetra, com Romário candidato a governador e Bebeto a vice.

Depois, à tarde, Bebeto tinha um compromisso já assumido com o Podemos de participar de um evento da juventude do partido, em São Paulo. "Era um compromisso já combinado. Não existia isso de ter votação na Alerj, foi algo decidido de um dia para o outro. Então ao invés de ir para a assembleia, ele foi para São Paulo", explica Marco San, secretário-geral do Podemos no Rio e chefe de gabinete de Romário.

Ou seja: para participar de um evento partidário, Bebeto, que vem votando com regularidade contra o governo em votações importantes da Alerj, não compareceu à sessão que acabou livrando da cadeia os deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos presos um dia antes. A votação ficou 39 a 19, sendo que outros seis deputados, além dos presos, também faltaram à sessão.

Os dois deputados do Podemos votaram a favor da soltura. Por isso, a Executiva Estadual do Podemos abriu procedimento de expulsão tanto de Chiquinho da Mangueira quanto de Dica. Geraldo Moreira, remanescente do PTN, também não compareceu.

No Facebook, Bebeto disse que "já tinha agendado anteriormente a minha filiação no partido Podemos no Rio, pela manhã, e em São Paulo, pela tarde". Na verdade, a filiação a um partido é assinada em uma única instância, o que foi feito no Rio de Janeiro. O Podemos confirma que o evento no São Paulo era partidário. "Tentei desmarcar, mas não foi possível", alegou o ex-atacante.

Bebeto, porém, garantiu que teria votado contra o governo. "Sou a favor da investigação e provando-se o crime, devem ser punidos". O discurso bate com o do antigo parceiro. "Não podemos admitir que decisões como esta dos deputados estaduais do Podemos sejam tomadas sem uma avaliação severa pela Executiva. Estamos construindo um novo partido, lutando por uma nova forma de fazer política. É o que defendo e é por isso que me filiei ao Podemos", disse Romário, via assessoria de imprensa.

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Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.


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