Bicampeão mundial com a seleção brasileira de vôlei, o agora líbero Murilo foi suspenso por oito meses pela Federação Internacional de Vôlei pelo uso de um diurético proibido pelo Código Mundial Antidoping. A punição foi comemorada pelo jogador, que enviou nota à imprensa neste sábado sem informar ter sido suspenso. No texto, a assessoria de imprensa dele apenas comemora o fato de o veterano ter sido "liberado" para jogar, citando a data de 9 de dezembro.

Se ele está liberado para jogar apenas em 9 de dezembro, porém, significa que o jogador foi suspenso por oito meses. Pelo menos até a publicação desta postagem, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB), que foi responsável pela colheita do exame antidoping de Murilo em março, não divulgou o resultado do julgamento.

De acordo ainda com a assessoria de imprensa do jogador, que foi defendido pelo advogado Marcelo Franklin, especialista em casos de doping, ficou comprovado, no painel da FIVB, que Murilo foi vítima de contaminação – a defesa não informa do que – e "a consequente ausência de qualquer intenção de ingerir o diurético".

Ainda segundo a assessoria de imprensa, Murilo, que entrou em suspensão voluntária em 23 de maio, depois da abertura da contraprova, já está liberado a voltar a treinar com o SESI, clube com o qual tem contrato para jogar mais esta temporada. Ele só poderá voltar a atuar, porém, no dia 9 de dezembro. O staff de Murilo diz que ele não voltará a comentar o caso.

Murilo foi pego no doping entre uma partida e outra da semifinal da Superliga Masculina de Vôlei da temporada passada. Crítico da gestão de Ary Graça frente à FIVB, ele foi testado de surpresa, em casa, apesar de não fazer parte do grupo de controle da federação internacional.