A demissão da técnica Emily Lima do cargo de técnica da seleção brasileira feminina de futebol continua repercutindo. Nesta segunda-feira, o número de atletas a anunciar que não defende mais a equipe chegou a cinco, com a inclusão da lateral Maurine. Antes dela, haviam feito o mesmo as jogadoras Rosana, Cristiane, Andreia Rosa e Francielle.

Como as demais, Maurine, que defende o Santos, finalista do Campeonato Paulista e atual campeão brasileiro, recorreu ao Instagram para anunciar a aposentadoria. A decisão já era esperada, tanto que o blog havia procurado a atleta de 31 anos já na semana passada para tratar sobre essa possibilidade. Após o anúncio, ela falou com o Olhar Olímpico.

"O futebol feminino vive muito de surpresa. Cada hora tem uma novidade. Isso vai cansando, vai desgastando. Cansa, sabe? Senti que a Emily poderia dar uma melhoria para a modalidade e acabou que eles deixaram ela trabalhar 10 meses. Quem trabalha em 10 meses? Ninguém consegue", explicou Maurine, garantindo que não há um "incômodo" com a CBF.

Maurine, como já haviam feito outras jogadoras que falaram com o blog nos últimos dias, negou que os anúncios de aposentadorias sejam um movimento combinado entre as atletas. Todas elas garantiram que não estão em comunicação, tendo tomado individualmente a decisão de não defender mais a seleção.

Pelo que apurou o blog, após as derrotas para a Austrália, que culminariam com a demissão de Emily, 26 jogadoras foram reunidas em um grupo de Whatsapp para discutirem uma carta de apoio à treinadora. Só duas delas não toparam assinar o documento. Entre elas, a craque Marta, o que esvaziou o movimento. Depois da divulgação da carta, o grupo se desfez e as jogadoras perderam a união.