Pela segunda edição seguida do Mundial de Judô, Rafaela Silva chegou como favorita à medalha e não passou sequer da primeira luta. Nesta quarta-feira, a brasileira, atual campeã olímpica da categoria até 57kg, foi eliminada logo na estreia, pela portuguesa Telma Monteiro, e deu adeus precoce à competição disputada na Budapeste Arena, na capital da Hungria.

A brasileira deu azar no sorteio, porque Monteiro, rival ainda nas oitavas de final, também foi medalhista na Rio-2016, de bronze. A portuguesa, campeã do Grand Slam de Paris em 2015 e bronze no Grand Prix de Budapeste no ano passado, porém, luta pouquíssimo. Desde o Mundial de 2015, só participou dessas três competições e do Aberto Europeu de Minsk, em julho, como foi campeã. Por isso, tem um ranking ruim: é só a 34ª.

E isso acabou sendo pior para Rafaela do que para Telma. Afinal, a carioca, campeã mundial em 2013 e bronze em 2014, que foi eliminada de forma precoce, com um wazari. A brasileira ainda tentou uma chave de braço para ganhar por ippon, mas Monteiro escapou.

O dia foi curto para o Brasil em Budapeste porque Marcelo Contini, da categoria até 73kg, também perdeu na estreia. Ele foi derrotado pelo georgiano Lasha Shavdatuashvili, depois de sofrer três punições e ser desclassificado. "Uma luta tão igual assim ser decidida pela arbitragem com punições, é difícil. Eu me preparei o ano inteiro para essa competição", lamentou.

Por enquanto, o Brasil ganhou só uma medalha no Mundial, que chega à sua metade nesta quarta-feira. Érika Miranda foi a responsável pela conquista, na categoria até 52kg, sua quarta seguida em Mundiais. Stephanie Arissa e Sarah Menezes foram eliminadas por japonesas, enquanto Charles Chibana, Eric Takabatake e Phelipe Phelim perderam antes de chegar às quartas de final e poderem disputar a repescagem.