Sábado e domingo da semana passada. Esses foram os dois únicos dias que a seleção brasileira masculina de polo aquático treinou completa para o Mundial de Budapeste, na Hungria, visando estrear no dia seguinte. Neste domingo, uma semana depois, o Brasil deu adeus à disputa pelo título ao perder para a Austrália por 8 a 3. Agora, a equipe vai participar do torneio de consolação, em busca de um inédito nono lugar.

Sem dinheiro, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) garantiu apenas 12 dias de treinos para a equipe incompleta, no Rio. Natural da Sérvia, o goleiro Slobodan Soro, que se naturalizou brasileiro em 2013, só se juntou ao elenco já na Hungria.

Além disso, pesou contra o elenco o fato de apenas três dos 13 jogadores que disputaram a Olimpíada do Rio terem sido convocados. Ádria Delgado e Felipe Perrone indicaram que preferem defender a seleção espanhola, assim com o o centro Josip Vrilic, que aguarda ser convocado pela Croácia. Além disso, outros jogadores já são considerados velhos para um novo ciclo olímpico, outros recusaram convocação e ainda há aqueles que estão brigados com o técnico Ângelo Coelho.

A consequência disso é que o Brasil veio à Hungria com um time C. Melhor do grupo, Grummy descansou por apenas um minuto durante as quatro partidas que a seleção já fez no Mundial. Mesmo assim, a equipe conseguiu bons resultados, vencendo o Casaquistão (6 a 2) e empatando com o Canadá (6 a 6). A derrota para Montenegro (14 a 5) já era esperada.

Neste domingo, diante da Austrália, o Brasil fez um jogo equilibrado até o terceiro quarto, mas depois deixou o time rival, mais descansado, deslanchar no placar. Os australianos passaram à quartas e os brasileiros terão mais dois jogos para decidir do nono ao 12º  lugar. O décimo lugar de Kazan, em 2015, é o melhor resultado da história da equipe.