CBV e clubes se entendem e Superliga Masculina terá final em 3 jogos
Demétrio Vecchioli
20/06/2017 19h37
Após a pressão dos clubes, que ameaçaram criar uma nova liga nacional, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) cedeu e aceitou que a próxima edição da Superliga Masculina tenha final em melhor de três partidas. Uma reunião nesta terça-feira, no Rio, com a presença de Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, presidente da CBV, serviu para que os dois lados aparassem as arestas, com a confederação cedendo em praticamente todos os pontos polêmicos.
Os clubes, que já estão unidos em torno da Associação de Clubes de Vôlei (ACV) há dois anos, expressaram publicamente seu descontentamento há duas semanas, quando o Olhar Olímpico revelou que a próxima edição da Superliga corria perigo. Eles não aceitavam o calendário imposto pela CBV e rejeitavam a manutenção da final em jogo único, um pedido da Rede Globo.
Nesta terça-feira, a CBV levou à reunião com representantes da ACV uma proposta que atendeu os anseios dos clubes. A Superliga vai começar em na primeira semana de outubro (e não na segunda, como havia sido inicialmente proposto) e deve acabar em 6 de maio, quatro semanas depois do que queria a CBV.
Com isso, a Superliga terá cinco semanas a mais de duração, período suficiente para que sejam encaixados mais seis rodadas. Isso porque também ficou acertado que as fases de mata-mata anteriores à final serão em melhor de cinco partidas, e não mais três.
Em seu site, a CBV comemorou o acerto. "O nosso caminho é do entendimento e de sempre ouvir todos os setores em busca de melhorias às nossas competições. A CBV está aberta ao diálogo e permanentemente interessada no desenvolvimento do voleibol e conta com o apoio dos clubes", disse Toroca.
A reunião também definiu que a CBV vai tentar vender os naming rights da Superliga. Caso obtenha sucesso, a verba será utilizada para equipar todos os ginásios com sistema de arbitragem de vídeo. Se sobrar dinheiro, este será distribuído em forma de premiação aos clubes.
Por fim, clubes e CBV chegaram a um acordo sobre a transmissão dos jogos via streaming. Os clubes poderão fazer a própria transmissão em suas redes sociais, desde que seguindo um padrão de qualidade previamente estabelecido.
Sobre o autor
Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.
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