A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) definiu nesta quinta-feira a convocação da equipe de natação para o Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste (Hungria), no final de julho. E, conforme esperado, a entidade aumentou de oito para 16 o número de vagas, convocando, entre outros, o astro Cesar Cielo.

Em crise financeira e sem saber se renovaria seu patrocínio dos Correios, a CBDA definiu no ano passado que só teriam vaga garantida no Mundial os donos dos oito melhores índices técnicos em duas seletivas: o Open, realizado em novembro do ano passado, e o Troféu Maria Lenk, encerrado no sábado passado no Rio.

Mas, como o patrocínio foi renovado, ainda que com redução de verbas, a CBDA conseguiu recursos para levar mais atletas. Nesta quinta, o coordenador de esportes Ricardo Prado e os técnicos das seleções masculina e feminina, Alberto Silva e Fernando Vanzella, se reuniram no Rio para fechar o time.

Cielo entrou pelo índice técnico dos 50m livre (sexto tempo do mundo) e para fazer parte do revezamento 4x100m livre, mesma situação de Bruno Fratus, o quarto do mundo nos 50m livre. Na soma fria dos tempos de cada um dos nadadores, o revezamento brasileiro, como Gabriel Santos e Marcelo Chierighini, convocados para os 100m livre, é hoje o segundo do mundo.

Também já estavam garantidos na convocação Felipe Lima (50m e 100m peito), João Luiz Gomes Jr (50m e 100m peito), Thiago Simon (200m peito), Leo de Deus (200m borboleta), Henrique Martins (50m e 100m borboleta), Guilherme Guido (50m e 100m costas) e Brandonn Almeida (400m medley).

Além de Cielo e Fratus, ganharam vagas extras, a partir dos índices técnicos feitos em provas olímpicas, Manuella Lyrio (400m livre), Joanna Maranhão (400m medley), Etiene Medeiros (50m livre e 50m costas) e Guilherme Costa (1.500m livre). Por fim, a CBDA ainda convocou Nicholas Santos, dos 50m borboleta, uma vez que ele fez o segundo melhor tempo da história da prova, o melhor sem trajes.

Havia a expectativa da convocação de um 17.º atleta, Vinicius Lanza, dono do 16.º melhor índice técnico em provas olímpicas. Medalhista nos 100m borboleta no último Mundial Júnior, ele é tido como atleta de futuro e faria sua estreia em Mundial, ajudando também no revezamento 4x100m medley. A CBDA, porém, optou por deixá-lo de fora.

A explicação pela convocação de Nicholas, um nadador de 37 anos que dificilmente irá aos Jogos de Tóquio, e não de Lanza, passa pela necessidade da CBDA de obter visibilidade agora. A entidade não tem a garantia da continuidade do patrocínio dos Correios e torce por bons resultados no Mundial (ainda que em provas que não são olímpicas) para buscar outros apoiadores.