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Olhar Olímpico

Superliga recorre a pay per view para ter 100% dos jogos transmitidos

Demétrio Vecchioli

21/10/2019 14h44

(Gaspar Nobrega/CBV)

Depois da Liga de Basquete Feminino (LBF) e do Novo Basquete Brasil (NBB), agora é a Superliga que atingirá a meta de ter 100% de seus jogos transmitidos. Isso será possível com a criação de um sistema de pay per view, o famoso PPV, na plataforma Canal Vôlei Brasil, que deverá transmitir cerca de metade dos jogos da temporada 2019/2020. No ano passado, cerca de 100 partidas das duas Superligas – masculina e feminina – ficaram no escuro, sem transmissão.

Diferente do NBB, que aposta num modelo de multiplataforma, vendendo seus direitos para diversos canais, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) mantém um longo contrato com a Globo. Por isso, o SporTV detém a prioridade de escolha das partidas que deseja transmitir, cerca de 90 nesta temporada.

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A Globo repassou à TV Cultura os direitos de transmissão em TV aberta e o canal público de São Paulo é o próximo da fila de escolha de jogos, devendo transmitir cerca de duas partidas por semana e 50 no total. Com isso, cerca de 140 partidas terão transmissão na televisão tradicional, cerca de metade da temporada – somadas as Superligas Feminina e Masculina, as fases de classificação têm 264 jogos, além de no mínimo 32 duelos eliminatórios.

"O PPV e os jogos em streaming vão vir depois que as TVs esgotarem possibilidade de grade. O SporTV é o detentor dos direitos de transmissão e pode transmitir os jogos que quiser. Depois a Cultura faz suas escolhas. Depois são os jogos que o GloboEsporte ou o Canal Brasil vão transmitir", explica Renato D'Avila, superintendente de competições de quadra da CBV.

Segundo ele, o streaming do Canal Vôlei Brasil, uma plataforma da TVNSports, terá algumas partidas pagas, via PPV, e outras oferecidas de forma gratuita, seja bancadas por patrocinadores do torneio ou pelos clubes. O número de jogos cobrados só será definido depois de uma reunião na sexta-feira em que a CBV vai discutir questões de marketing com os clubes.

"Só ai a gente vai poder divulgar questão de preço, e quanto os clubes vão receber", diz D'Avila, explicando que o torcedor poderá escolher pacotes com todos os jogos das duas Superligas, de cada gênero, de cada clube, ou comprar os jogos individualmente. O site da Globo ainda irá transmitir outras cerca de 20 partidas.

Os jogos são exclusivos de cada plataforma, assim como acontece no NBB. Assim, as partidas transmitidas na TV não serão exibidas no streaming, por exemplo. A exceção pode acontecer nas finais, caso SporTV e Cultura entrem em acordo – assim também ocorre nas finais do NBB.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.