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Olhar Olímpico

Olímpico, vítima de nocaute mais rápido do UFC é recordista em finalizações

Demétrio Vecchioli

08/07/2019 16h00

Ben Askren perde por nocaute no UFC 239 (Sean M. Haffey/AFP)

O apanhado de melhores momentos da luta entre Jorge Masvidal e Ben Askren UFC 239, realizado no último sábado (6), é não mais do que um GIF. O confronto realizado em Las Vegas, afinal, durou apenas cinco segundos. O tempo de Masvidal dar cinco passos, os três últimos em velocidade, saltar e acertar uma joelhada voadora no rosto de Askren, para o nocaute mais rápido da história da franquia, em menos de cinco segundos. O vencedor ainda acertou dois socos na cara do rival desacordado, mas só porque o árbitro também foi pego de surpresa. 

Askren ficou estatelado no chão, numa posição na qual não está acostumado. Ex-atleta de wrestling, ele se notabilizou como um especialista em estar exatamente no lado contrário. O hoje lutador de MMA, afinal, entrou para a história do wrestling como um finalizador.

Como muitas modalidades, o wrestling tem sua base nos Estados Unidos dentro das universidades. Recrutado pela Universidade do Missouri na turma de 2004, Askren entrou para a história da liga universitária, a NCAA, chegando à final em todas suas quatro temporadas universitárias, com dois vice-campeonatos (2004 e 2005) e dois títulos (2006 e 2007). 

O feito que o colocou na história, porém, não foram os títulos, o cabelo armado ou as 87 vitórias em sequência, sendo dominante na categoria até 174 libras. Mas, sim, sua incrível capacidade de vencer lutas por encostamento, o equivalente ao nocaute para o wrestling. Isso acontece quando um atleta força o oponente a ficar com as costas no solo. Em quatro temporadas universitárias, Askren venceu 91 lutas por encostamento, tornando-se, até hoje, o terceiro colocado no ranking histórico da NCAA. 

Apesar da pouca experiência na luta livre pelas regras internacionais, Askren chegou a ser campeão pan-americano em 2005 e venceu, em 2008, as seletivas para representar os Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 na categoria até 74kg. Seu desempenho, porém, foi frustrante. Ele venceu um chinês na primeira rodada, mas acabou derrotado pelo cubano Iván Fundora na segunda rodada.

Depois disso, ele até disputou algumas outras competições internacionais de wrestling, mas passou a priorizar o MMA, estreando já em 2009. No ano seguinte, chegou ao Bellator, onde ficou até 2013, migrando para o ONE FC. Em março deste ano, ainda invicto, estreou no UFC.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.