CEO da F1 adia reunião com Doria para encontrar Bolsonaro e Witzel
Em capítulo importante da disputa de bastidores pelo Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 a partir de 2021, o CEO da Fórmula 1, Chase Carey, desmarcou reunião em São Paulo com o governador João Doria (PSDB) e o prefeito Bruno Covas (PSDB) para se encontrar em Brasília com o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), e com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Agora virá a São Paulo na terça (25).
O anúncio do cancelamento da agenda de Doria foi feito minutos depois de o Olhar Olímpico publicar reportagem mostrando que o CEO era esperado em duas agendas simultâneas. O governador havia convocado a imprensa para uma entrevista coletiva às 17 horas, exatamente sobre esse tema, e foi surpreendido com o fato de Carey ter agenda em Brasília.
Carey é esperado em Brasília às 15h30 para se encontrar com Bolsonaro e com Witzel. Mas ele também era aguardado em São Paulo às 16h para se encontrar com Doria e Covas, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.
As informações constam em agenda oficial. Na agenda de Bolsonaro consta para as 15h30 os seguintes participantes da reunião no Palácio do Planalto: "Wilson Witzel, governador do Estado do Rio de Janeiro; senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ); Chase Carey, diretor-executivo da Fórmula 1; e José Antonio Pereira Junior, presidente da Rio Motorsports". Esta última é a concessionária que construirá um autódromo em Deodoro. Chama atenção que a reunião não prevê a presença de Marcelo Crivella, prefeito do Rio e responsável pela concessão.
Antes, às 15 horas, Bolsonaro recebe o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo. É sob a tutela dele que está o Exército, que ainda é o dono do terreno em Deodoro onde será construído o autódromo do Rio. Depois, Bolsonaro só tem outro compromisso às 17 horas, o que sugere que a reunião com a Fórmula 1 pode tomar mais do que meia hora.
Mas Chase também tinha reunião prevista em São Paulo, às 16 horas. Seu nome consta na agenda de Covas: "reunião e coletiva de imprensa com o governador João Doria; presidente e CEO mundial da Fórmula 1, Chase Carey; promotor do Grande Prêmio do Brasil de F1, Tamas Rohonyi; e secretário municipal de Turismo, Orlando Faria".
São Paulo e Rio de Janeiro travam uma batalha para ter a Fórmula 1 a partir de 2021. O contrato com a capital paulista vai só até o final de 2020, e o Rio confia na construção de um novo autódromo para atrair a categoria. Para tanto, conta com o apoio expresso do presidente Jair Bolsonaro.
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