Vidros do muro da USP são repostos, mas obra segue parada
Depois de quase seis meses, as empresas "parceiras" da Universidade de São Paulo (USP) voltaram a mexer no muro que separa a raia olímpico da Marginal Pinheiros. No começo da semana passada, três homens, acompanhados de um funcionário da Secretaria Municipal de Obras, passaram algumas horas no local, instalando chapas de vidro no lugar daquelas que estavam destruídas.
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No final de março, o Olhar Olímpico esteve no local e contou 12 vidros faltantes no trecho de pouco mais de um quilômetro em que o novo muro é a única barreira entre o terreno da raia e a marginal. É que na outra metade segue existindo o antigo muro, de concreto, entre o novo e a pista.
A prefeitura chegou a divulgar que cada peça de vidro custaria R$ 4 mil, tendo sido doada por uma empresa especializada. Em março, a reportagem contou 30 peças de vidros largadas em suportes abandonados, tanto do lado de dentro quanto de fora da USP. Essas peças teriam sido utilizadas para substituir as quebradas.
Mas ninguém tem certeza de nada. Funcionários da raia não sabem direito o que foi feito, nem por quem. Em nota, a assessoria de imprensa da USP disse que o serviço foi executado por "empresas parceiras do projeto", sem especificar quais.
Um funcionário da SP Obras, de nome Severino, teria sido o responsável por levar a equipe até a raia. Mas prefeitura, que em março disse que "a obra não é de responsabilidade do município", não respondeu questionamento do blog sobre seu papel no conserto.
O fato é que o restante da obra continua abandonado. À reportagem, a USP disse que não "dispõe de informações" sobre a conclusão do muro. E disse que a SP Obras "não possui em seus quadros equipes para execução de obras", reforçando que a responsabilidade da obra é da USP. Quando solicitada, diz, dá "apoio técnico".
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