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Olhar Olímpico

Feijão é suspenso no tênis por acusação de corrupção

Demétrio Vecchioli

06/04/2019 19h18

João Souza, o Feijão (Matt Rourke/AP)

Um dos mais importantes tenistas do Brasil da atualidade, João Souza, conhecido como Feijão, foi suspenso neste sábado (6) pelo órgão responsável por cuidar da integridade do tênis. Em nota, a Tennis Integrity Unit (TIU) informou que Feijão está suspenso provisoriamente em meio a um campanha de zero tolerância contra a corrupção. Ele é o segundo brasileiro punido nessas circunstâncias em apenas cinco meses.

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De acordo com a TIU, uma iniciativa conjunta de diversas entidades que regulam o tênis internacional, incluindo a ATP, a WTA, os organizadores de Grand Slam e a Federação Internacional, Feijão foi suspenso pelo consultor independente anticorrupção Richard McLaren. O advogado canadense tornou-se mundialmente conhecido pelo relatório que desmascarou um complexo esquema de doping no atletismo da Rússia.

Feijão está proibido não só de competir, mas também de sequer comparecer a qualquer competição reconhecida pelas entidades que regulam o tênis – ou seja, ATP, ITF e Grand Slam. Aos 30 anos, ele é o atual 404º colocado no ranking da ATP e 12º em no ranking da ITF, que se tornou uma espécie de segunda divisão do tênis profissional.

A TIU não deu detalhes sobre os motivos que a levaram a suspender o tenista brasileiro. Apenas informou que a suspensão começou a ter efeito no último dia 29 de março – ou seja, fica invalidada a campanha dele no Challenger de Santiago (Chile), onde perdeu uma rodada antes das oitavas de final. Em duplas, junto com João Menezes, foi eliminado por W.O.

Em dezembro, a TIU já havia suspendido outro brasileiro. Diego Matos, também de 30 anos, era o número 247 do ranking mundial de duplas (até então da ATP) quando recebeu punição idêntica à de Feijão. Até agora, ele não recebeu uma suspensão definitiva – só ele e mais dois dos 39 atletas já punidos pela TIU estão nessa condição.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.