CBV desmente Ana Paula sobre pedido de inscrição de trans na Superliga
A ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel divulgou informação falsa sobre um suposto crescimento no número de atletas transexuais no vôlei brasileiro. No Twitter, a medalhista olímpica, crítica ferrenha à permissão para que Tiffany atue entre as mulheres, disse ter recebido a informação de que nove jogadoras trans teriam solicitado autorização para jogar a Superliga. A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) diz que a informação não procede – até porque não existe a possibilidade de um atleta pedir para ser inscrito.
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A postagem foi feita no começo da tarde desta segunda-feira (1). "Me chega (sic) a informação, através de uma jogadora da Superliga (com medo de ataques [ela] me pediu para não divulgar o nome e jamais o farei) de que já existem NOVE pedidos na CBV de atletas transexuais que querem jogar a Superliga Feminina. Vocês podem confirmar ou negar isso, CBV?", postou Ana Paula.
Procurada pelo Olhar Olímpico, a CBV respondeu à pergunta: "O período de inscrições de atletas na Superliga Cimed terminou em janeiro de 2019 e a instituição não recebeu nenhum novo pedido após essa data". No vôlei (como em qualquer outra modalidade coletiva), são os clubes, não os atletas, que realizam a inscrição dos seus jogadores.
O blog apurou que, durante a janela de inscrições da Superliga deste ano, tanto na Série A quanto na Série B, não houve pedido de registro de nenhuma jogadora transexual, contrariando boato disseminado pela própria Ana Paula.
Em janeiro do ano passado, ela enviou carta ao Comitê Olímpico Internacional (COI) fazendo lobby contra a autorização para atletas transexuais no vôlei feminino e escreveu que "treinadores no Brasil e na Itália já relatam que agentes estão oferecendo atletas trans que já podem competir no vôlei feminino".
Mais de um ano depois, não foram relatados casos de outras atletas transexuais que tenham buscado espaço em equipes profissionais brasileiras. Consultados pela reportagem, especialistas que atuam nos principais centros de atendimento a pessoas que desejam realizar a cirurgia de redesignação sexual dizem não conhecerem nenhum outro caso de atleta que sequer tenha procurado essa opção.
Os empresários que comandam praticamente todo o mercado de jogadoras na Superliga também afirmam desconhecer qualquer outra transexual disposta a jogar no vôlei brasileiro.
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