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Olhar Olímpico

Thais Fidélis é 1ª ginasta brasileira no pódio de Copa no individual geral

Demétrio Vecchioli

24/03/2019 11h56

Thais Fidelis (RicardoBufolin/PanamericaPress/CBG)

A jovem Thais Fidélis, de 17 anos, conquistou mais um feito inédito para a ginástica brasileira. No sábado (24), ela faturou a medalha de bronze na etapa de Birmingham (Inglaterra) da Copa do Mundo de Ginástica Artística no individual geral. Essa é a primeira vez que uma atleta do Brasil vai ao pódio de um evento deste tipo.

No fim de semana anterior, Thais já havia ajudado o Brasil a conquistar outro resultado histórico e inédito: o ouro por equipes no DTB Pokal Team, uma competição amistosa em Stuttgart, à frente de Rússia, Holanda e França, entre outras. Nunca antes a seleção brasileira havia sido campeã de uma competição deste nível.

Em Birmingham, Thais somou 51,832 pontos. Ficou atrás da russa Aliia Mustafina e da norte-americana Riley McCusker. As Copas do Mundo de individual geral contam apenas nove ginastas convidadas, uma por país.

O Brasil não tem tradição no individual geral da ginástica, prova que aponta a "ginasta completa". A única vez que o país subiu ao pódio de uma grande competição foi em 2007, quando Jade Barbosa estreou em Mundiais com uma medalha de bronze. Um bom sinal para o Brasil: aquela competição foi em Stuttagart, mesmo palco do Mundial deste ano.

O desempenho de Thais em Birmingham não a coloca com candidata a medalha no Mundial – um desempenho de 51,8 pontos, no ano passado, a faria ser a 18ª colocada do Mundial. Mas mostra que a jovem pode ajudar a equipe mais do que em 2018, quando, na final por equipes, só se apresentou no solo. Em Birmingham, ela teve a melhor nota da trave.

É grande a expectativa pelo que o Brasil pode fazer no Mundial. No ano passado, com Rebeca Andrade voltando de lesão, a equipe flertou com o bronze. Agora, se repetir o desempenho da DTB Pokal Team, briga por prata. A própria Rebeca ainda é favorita ao pódio no individual geral e no solo. Nos demais aparelhos, é forte candidata ao pódio. O mesmo vale para Flávia Saraiva, na trave.  

 

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.