Ministro diz que cortou patrocínio do Flamengo para bancar Bolsa Atleta
O ministro da Cidadania, Osmar Terra (MDB-RS), responsável pelas áreas de Esporte, Cultura e Desenvolvimento Social do governo federal, afirmou nesta terça-feira (19) que o fim dos patrocínios da Caixa Econômica Federal aos clubes de futebol será revertidos em aumento no investimento na Bolsa Atleta. As declarações foram dadas à Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado.
"Conversei com praticamente todos os presidentes de estatais, só não falei com Correios. Falei com as maiores empresas e eles já estão inclusive cortando. Não sei se tem aqui torcedor do Flamengo. Cortamos patrocínio do Flamengo", contou o ministro, antes de dar uma longa gargalhada. "A Caixa cortou patrocínio do Flamengo [risos]. Esse recurso vai nos ajudar no Bolsa Atleta. Precisamos recompor o valor do Bolsa Atleta e até aumentar", continuou.
O Olhar Olímpico antecipou a informação no mês passado. Terra encontrou-se com os presidentes de diversas estatais que patrocinaram o esporte nos últimos anos, como Banco do Brasil, Petrobras, BNDES, Caixa e Eletrobras, e pediu um remanejamento de investimentos, para que o dinheiro fosse aplicado na Bolsa Atleta.
"Não tem sentido a Petrobras financiar um carro com três milhões de euros por mês. Não tem sentido isso só para ter o nome da Petrobras ali. Se a Petrobras botasse (no Bolsa Atleta) o que gastou naquele carro de Fórmula 1 por ano, resolvia todo nosso problema", opinou.
Terra estava falando do patrocínio da Petrobras à McLaren, anunciado no ano passado. A estatal nunca revelou o valor investido para desenvolver um novo combustível para a equipe, que deveria começar a utilizá-lo este ano. A tendência é que a Petrobras tente romper o acordo.
Na sua fala sobre esporte na comissão do Senado, Terra tratou como prioridade a "recomposição" do Bolsa Atleta. No final do ano passado, no limite do seu mandato, o então presidente Michel Temer (MDB) publicou lista de contemplados cortando pela metade o número de beneficiados, para pouco mais de 3 mil atletas. O corte atingiu principalmente a base.
"Estamos tratando da recomposição da Bolsa Atleta. Nossa meta é chegar a R$ 100 milhões, esse ano ainda, para aumentar a oportunidade", contou Terra. O valor não é suficiente para devolver o Bolsa Atleta ao patamar de dois anos atrás, quando o governo investia cerca de R$ 140 milhões ao ano no programa.
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