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Olhar Olímpico

Maria Portela mostra força por Tóquio-2020 com prata em Grand Slam

Demétrio Vecchioli

16/03/2019 17h02

Maria Portela, campeã do Masters de 2017 (Divulgação/IJF)

Coadjuvante da seleção brasileira de judô nas últimas três Olimpíadas, Maria Portela vem sendo protagonista do país na corrida para Tóquio. Neste sábado (16), ela garantiu a única medalha do Brasil no Grand Slam de Ecaterimburgo (Rússia). A prata da gaúcha, na categoria até 70kg, sem salvando a campanha brasileira neste que é um dos torneios mais importantes do Circuito Mundial e que termina no domingo.

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A prata de Portela vem exatamente na etapa em que, no ano passado, ela faturou sua primeira medalha de ouro em um torneio de nível Grand Slam. Na decisão deste sábado, a judoca de 31 anos só foi vencida na final pela francesa Marie Eve Gahie, líder do ranking mundial. A brasileira é a oitava.

A medalha também é uma resposta, também, ao crescimento a jovem Ellen Santana, de 20 anos, que vem de um bronze no Grand Slam de Dusseldorf (Alemanha) e um ouro no Open de Lima. Os resultados a credenciaram para desafiar Portela na briga por uma vaga em Tóquio.

Nas outras categorias disputadas até aqui em Ecaterimburgo, o Brasil foi mal. Sarah Menezes reestreou na categoria até 52kg, acima daquela em que foi campeã olímpica, perdendo na primeira rodada para uma usbeque. Rafaela Silva (57kg), Nathália Brígida (48kg), Ketleyn Quadros (63kg) e Alexia Castilhos também perderam na estreia. Eleudis Valentim (52kg) venceu uma luta, mas parou em seguida.

 

Entre os homens, o melhor resultado foi de Eduardo Barbosa (até 73kg), que foi até a semifinal. Mas ele acabou sem medalha, após duas derrotas, a última delas na disputa pelo bronze. Eric Takabatake (até 60kg) e Daniel Cargin (até 66kg) também chegaram à repescagem, terminando em sétimo. A falta de medalhas não surpreende. Nos últimos quatro Grand Slams, o Brasil não foi ao pódio. A última medalha, de bronze, foi com Rafael Silva, há um ano.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.