CBAt renova imagem após 19 anos e quer se aproximar de corredores de rua
A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) quer se renovar. Um ano depois de Toninho Fernandes se ver forçado a renunciar, envolto em um escândalo de desvios de verbas, a entidade apresentou nesta quinta-feira (14) em São Paulo uma nova identidade visual. A confederação quer que a nova marca mude não apenas sua imagem, mas seu pensamento. Uma das estratégias é se aproximar dos corredores de rua, que "passam perto", mas não "dialogam" com a confederação, pelo que notou um estudo de marca.
"Vamos tentar trazer esses promotores para dentro da CBAt. Por que? Porque é atletismo. Tudo é atletismo. Esse público que corre a corrida de rua gosta do atletismo, porque busca saúde. Temos que mostrar que todo o brasileiro vive o atletismo. O brasileiro salta, arremessa, ele pratica atletismo. Temos que trazer esse público que vive a corrida de rua para a pista", diz o presidente da confederação, Warlindo Carneiro.
A estratégia de se aproximar dos corredores de rua é vista já na nova marca, que substitui uma que já era utilizada há 19 anos e que tinha como uma de suas identidades as linhas de uma pista de atletismo. A ideia é que a nova marca permita à confederação ampliar sua linha de atuação também para as provas de rua. Tanto que foi criado, também, um selo de "powered by CBAt', para identificar as corridas chanceladas pela confederação.
Para se aproximar do público que participa de corridas de rua e que não relaciona a prática ao atletismo e à CBAt, a confederação promete lançar, ainda esse ano, um ranking nacional. "Não vai ser um ranking da elite, que nós já temos, mas daqueles que correm para a saúde. Queremos popularizar o ranking, para as pessoas brincarem a partir do ranking. 'Eu sou segundo do ranking da minha cidade, você é o terceiro'. Ainda esse ano vamos colocar esse produto na praça", continua Warlindo.
O presidente da CBAt reconhece que outro desafio importante para o atletismo, relacionado às corridas de rua, é utilizar a receita expressiva com chancelas, concedidas pelas federações estaduais, no incentivo ao atletismo de pista. Enquanto as corridas de rua são cada vez mais populares, o número de eventos internacionais no país caiu de quatro para um, os clubes estão fechando e mesmo as competições regionais estão cada vez mais escassas.
"Esse é um trabalho que temos que fazer junto às federações estaduais. Mostrar como eles têm que produzir melhor esse dinheiro dos permits", afirma Warlindo, informando ainda que a CBAt quer ampliar o número de provas de rua com chancela níveis "ouro" e "prata", geridas pela confederação – as "bronze" são responsabilidade das federações.
Nova marca, nova sede, novo vice
As mudanças na CBAt vão além da nova identidade de marca, apresentada às federações estaduais na quarta-feira (13), durante assembleia anual realizada em Guarulhos (SP). Na ocasião, também foi eleito um novo vice-presidente, para a vaga que estava aberta há um ano, desde que Warlindo assumiu a presidência.
O escolhido, por aclamação, foi o consultor legislativo Wlamir Motta Campos, ex-arremessador de peso, e um dos líderes da ADAB (Associação Desportiva Atletismo Brasil), entidade que liderou o movimento que exigiu a renúncia de Toninho.
Também na quarta, os membros da assembleia conheceram a nova sede da confederação, em Bragança Paulista (SP). A CBAt está funcionando oficialmente desde o fim do ano passado e agora a assembleia aprovou o fechamento definitivo da antiga sede em São Paulo, na Vila Mariana.
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