Prefeitura de SP dá 90 dias para clubes regularizarem alojamentos
A prefeitura de São Paulo colocou um prazo de 90 dias para que os alojamentos e centros de treinamentos dos clubes de futebol profissional da cidade estejam 100% regularizados. Nesta quarta-feira (13) pela manhã, a Secretaria Municipal de Esporte (SEME) recebeu dirigentes de sete clubes e discutiu com eles alternativas para a regularização total.
"A garantia da vida é prioridade na cidade. O prefeito Bruno Covas (PSDB) nos solicitou um grupo de trabalho para avaliação dos clubes que desenvolvem atividades de alojamento. Todos os clubes que estão com atividades que não estão em sintonia com a legislação devem suspendê-las imediatamente para que seja feita uma avaliação. Demos um prazo de 90 dias para inspeções, avaliações, acompanhamento, e, em casos em que ofereça risco a vida, interrupção e interdição, se necessário, pelo poder público", explicou, em entrevista coletiva, o secretário municipal de Esporte, Carlos Bezerra Jr (PSDB).
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Na terça-feira (12), a prefeitura de São Paulo havia anunciado a "suspensão imediata do funcionamento de todos os alojamentos de clubes de futebol de São Paulo que não tenham licença de funcionamento ou que não estejam em conformidade com as normas vigentes de segurança". Antes, na segunda (11), o Ministério Público de São Paulo ofício aos três grandes e à Portuguesa solicitando esclarecimentos e a apresentação da respectiva documentação. E também cobrou a prefeitura, para que esclareça se todos os alojamentos de entidades esportivas, não só clubes, têm as devidas autorizações para funcionamento.
Nesta quarta, os representantes de três diferentes secretarias municipais que participaram da entrevista coletiva tiveram dificuldades de explicar o que significava a medida tomada na terça, claramente medindo as palavras. É porque, até agora, a prefeitura não conseguiu fazer um levantamento de quais centros de treinamentos e alojamentos estão com toda a documentação em dia. Esta palavra não foi utilizada, mas na prática o que a prefeitura fez foi pedir que os clubes "voluntariamente" deixassem de usar os alojamentos que não estão completamente regulares.
Foi por isso que, na terça, o São Paulo decidiu levar a equipe profissional, que joga logo mais no Morumbi contra o Talleres, para se hospedar no centro de treinamento das categorias de base, em Cotia, saindo do hotel do CT da Barra Funda. Nesta quarta, dos quatro grandes, o único presidente a comparecer à reunião na SEME foi o são-paulino Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
"Foi dado um alerta aos clubes que tivessem alojamento para cessar as atividades quem não estivesse com a regulamentação em dia. Os estádios estão todos com a segurança em dia. Estamos deflagrando agora esta força tarefa para em 90 dias termos a gama de atividades que existe em São Paulo. Já começamos a fazer esta vistoria. O São Paulo já tomou providências acatando as determinações do poder público. Nosso pessoal já foi lá, se estiver tudo em ordem é vida normal. Se houver qualquer risco, o local é suspenso de imediato", explicou Silvio Di Sicco, representante da Secretaria de Urbanismo e Licenciamento.
De acordo com ele, fiscais da secretaria estão "na rua" para averiguar os alojamentos. "Demos prioridade para todas as questões esportivas, para que não haja problemas de calendário. Estamos atacando um por um, em consonância com as federações, para não atrapalhar. Se este local já tem a documentação necessária, ele não precisa fechar. Foi um alerta. 'Gente, olhem suas casas. Quem não tiver a casa em ordem, pare'."
O UOL Esporte apurou mais cedo que o local alugado pelo Corinthians para hospedar jogadores da base não tem todos os certificados de segurança que deveria. A chamada Casa dos Atletas, nas proximidades do Parque São Jorge, está registrada no Corpo de Bombeiros em uma categoria de ocupação inadequada, cujas exigências são menores. A licença é antiga, de quando o prédio ainda funcionava como uma clínica médica.
Com Arthur Sandes
Do UOL, em São Paulo
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