Emanuel, do vôlei de praia, é convidado para assumir antidoping no governo
O campeão olímpico de vôlei de praia Emanuel Rego foi convidado para assumir a presidência da Agência Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). A expectativa dentro do governo federal é de que ele aceite o convite, depois de ao menos três recusas, pelo que apurou a reportagem. Emanuel é marido da também ex-jogadora Leila, senadora eleita e diplomada pelo PRB do Distrito Federal. A nomeação deve ocorrer na quarta-feira.
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Em contato com o blog, Leila confirmou o convite e disse que Emanuel ainda esta estudando a proposta. Diretor de esportes olímpicos do Fluminense, ele teria proposta para renovar com o clube das Laranjeiras, também. Na semana que vem, ele vai a Brasília para entender melhor o que seriam suas funções. O cargo seria também uma oportunidade de o casal parar de viver "na ponte aérea", com ela em Brasília e ele no Rio.
A ABCD tem força de secretaria nacional, uma das cinco sob o chapéu da Secretaria Especial de Esporte – o antigo Ministério do Esporte. As nomeações para todas essas secretarias são feitas pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra (PMDB-RS). Por enquanto, só o secretário especial de Esporte foi oficialmente nomeado: o general da reserva Marco Aurélio Viana. Na quinta-feira (18) à noite, o Olhar Olímpico revelou que o procurador Raimundo Neto deverá ser o secretário de Alto Rendimento.
Outro nome que deve ser confirmado na semana que vem é o da ex-lutadora de caratê Carla Ribeiro Testa para a Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social, a pasta mais importante financeiramente dentro do Esporte, porque é a que tem mais recursos – cuida de pequenas obras pelo interior do país. Carla é esposa do cientista político Antônio Flávio Testa, que foi um dos principais conselheiros do presidente Jair Bolsonaro (PSL) durante a eleição nas áreas de educação e esporte e que, segundo a Folha, ficou sem cargo no MEC depois de discutir com o ministro Ricardo Vélez Rodrigues.
Na ABCD, a escolha por Emanuel foi uma saída encontrada pelo governo diante da dificuldade de encontrar nomes com conhecimento sobre o combate ao doping no país e, ao mesmo tempo, com aceitação da comunidade esportiva. O primeiro nome da lista teria sido um médico de São Paulo, cujo nome a reportagem não conseguiu confirmar, que recusou o convite.
Depois, teria sido convidado o médico Eduardo de Rose, considerado referência no combate ao doping no país. Mas o general Vieira teria sido alertado sobre uma série de críticas que são feitas ao trabalho do médico, que perdeu espaço nos últimos anos.
O terceiro nome especulado teria sido Sandro Teixeira, filho do presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Teixeira, que já trabalhou na ABCD no ano passado e que chegou a se apresentar como "CEO" da entidade em 2017 – o blog noticiou o conflito de interesses e o Ministério do Esporte voltou atrás da nomeação e da reestruturação. Novamente o conflito de interesses impediu que Sandro assumisse a ABCD.
Emanuel seria, então, uma solução neutra, uma figura de respeito no meio esportivo, para comandar um setor que vem dando problemas e que mantém uma fila cada vez maior de casos a espera de julgamentos. Um deles, do skatista Pedro Barros, campeão mundial, que pode ficar fora da Olimpíada.
O ex-jogador de vôlei de praia foi medalhista de ouro na Olimpíada de Atenas, em 204, prata em Londres-2012, e bronze em Pequim-2008. No currículo, Emanuel ainda tem três títulos mundiais e 10 do Circuito Mundial.
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