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Olhar Olímpico

Vara volta a quebrar em salto e Thiago Braz deixa Bruxelas machucado

Demétrio Vecchioli

01/09/2018 12h26

Thiago Braz (KACPER PEMPEL/Reuters)

A temporada internacional não acabou nada bem para Thiago Braz. Apenas o 21º do ranking mundial, ele participava da etapa final da Liga Diamante, em Bruxelas, quando sua vara quebrou durante um salto. Foi a segunda vez em menos de 10 dias que o brasileiro passa por esse tipo de acidente, até então inédito na carreira.

Na semana passada, a vara quebrou durante um treino e Thiago não se machucou. Mas, desta vez, o campeão olímpico não saiu ileso. "Fiz minha primeira tentativa em 5,53m, troquei de vara para a próxima altura de 5,68m, porém tive um imprevisto na segunda tentativa. Minha vara quebrou novamente, tive pequenas lesões corporais no queixo, boca do estômago e no meu dedo indicador. Foi um pouco pior do que a primeira vez, mas estou 'bem"', postou no Instagram.

Assim como em 2017, quando não passou o sarrafo acima de 5,60m nenhuma vez, em 2018 também Thiago tem se apresentado muito abaixo do seu potencial. Depois de algumas semanas se dedicando apenas aos treinos, a expectativa é que ele pudesse mostrar evolução no evento mais importante da temporada. A etapa final da Diamond League, afinal, reuniu apenas a elite do atletismo e tem o peso de um Mundial na temporada.

Ao falhar tentado superar o sarrafo a 5,68m, Thiago terminou a competição com 5,53m, numa modesta décima colocação. "Estou chateado porque eu desejava muito saltar alto na final, todos deram o melhor de si nessa competição", postou.

Agora fica a dúvida se Thiago terá condições físicas para vir ao Brasil e participar do Troféu Brasil, o campeonato nacional de atletismo, que acontecerá de 14 a 16 de setembro em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. A competição deveria ser a última dele na temporada, uma vez que agora o ano internacional da modalidade está encerrado.

Nas finais da Liga Diamante, o Brasil teve dois bons resultados. Darlan Romani foi quarto colocado no arremesso de peso, a um centímetro do seu recorde sul-americano, com um desempenho que seria ouro ou prata em qualquer edição passada de Mundiais ou Jogos Olímpicos. Já Andressa de Morais, no disco, ficou na segunda colocação, deixando para trás a atual bicampeã olímpica.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.