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Olhar Olímpico

Isaquias é tricampeão mundial na canoagem velocidade

Demétrio Vecchioli

24/08/2018 12h36

Isaquias é tricampeão mundial (reprodução/ICF TV)

Com um barco que homenageou a Bahia, Isaquias Queiroz conquistou, nesta sexta-feira (24), sua primeira medalha no Mundial de Canoagem Velocidade, que está sendo disputado em Montemor-o-Velho (Portugal). O baiano, que foi ao pódio três vezes nos Jogos Olímpicos do Rio, venceu uma disputa acirradíssima com o alemão Sebastian Brendel e faturou o C1 500m, prova que não faz parte do programa olímpico. Agora, ele é tricampeão mundial dessa distância.

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"Voltei para dominar a minha prova", comemorou Isaquias, em entrevista ao SporTV. É que ele foi campeão dessa distância nos Mundiais de 2013, em Duisburg (Alemanha), e de 2014, em Moscou (Rússia). Em 2015, em Milão (Itália), não participou dos 500 metros, porque tinha como foco classificar o Brasil em uma prova olímpica.

Isaquias tem seu calendário de provas minuciosamente definido pelo técnico espanhol Jesus Morlán, que coloca como foco a conquista de duas medalhas olímpicas em Tóquio-2020, preferencialmente de ouro, no C1 1.000m e no C2 1.000m. E isso passa por uma evolução física de Isaquias e por esconder o jogo. Tanto que no Mundial do ano passado o brasileiro não competiu nos 500m, sendo bronze nos 1.000m e quarto lugar no C2 1.000m, com Erlon Siva.

Agora, voltou com ouro nos 500m, vencendo uma disputa centímetro a centímetro com o alemão Sebastian Brendel, seu grande rival, e ídolo – Isaquias inclusive deu o nome de Sebatian ao filho, que nasceu durante o Mundial do ano passado. A vitória veio por apenas 29 centésimos, com o checo Martin Fuksa na terceira colocação.

Os três são os três melhores do mundo na canoa. No Mundial do ano passado nos 1.000m, por exemplo, a classificação foi Brendel em primeiro, Fuksa em segundo e Isaquias emc terceiro. Este ano, em Montemor-o-Velho, a final será no sábado. E, mais uma vez, vai contar com os três. Cada um ganhou sua bateria eliminatória e passou direto à final, sem precisar das semifinais.

Já no C2 1.000m a estratégia de Morlán foi poupar Isaquias. Na quinta, Erlon e Maico Santos ficaram em quarto lugar na semifinal e não conseguiram vaga na final A. Eles terminaram em terceiro na final B, o que significa um 12º lugar na competição.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.