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Agora no time de Skaf, Tifanny se filia ao MDB e pode ser candidata

Demétrio Vecchioli

11/04/2018 12h30

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com José Edgar de Matos

Destaque da Superliga e alvo da maior polêmica do vôlei brasileira, a ponteira Tifanny é uma das apostas do MDB (antigo PMDB) para a próxima eleição. A jogadora se filiou ao partido no último dia do prazo da Justiça Eleitoral – ou seja, na sexta-feira – após ser convidada a ser candidata a deputada federal. A informação foi inicialmente publicada pelo Estadão e confirmada pelo Olhar Olímpico e pela reportagem do UOL Esporte.

Não é coincidência que Tifanny tenha escolhido se filiar ao MDB. Na terça-feira, a jogadora assinou um novo contrato para defender o Bauru/Sesi na próxima temporada. A equipe do interior de São Paulo, que chegou até as quarta de final da Superliga, se fundiu com o Sesi-SP, último colocado. Assim como acontece no basquete masculino, em que o Sesi divide a gestão do time de Franca, no vôlei feminino a parceria também vai manter o time em Bauru, sob patrocínio do Serviço Social da Indústria.

Como o dinheiro para pagar os salários de Tifanny vem do Sesi, coube ao presidente da entidade, Paulo Skaf, assinar o contrato com ela, posando para fotos enviadas à imprensa na terça-feira. Skaf é pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo pelo MDB, depois de ser segundo colocado nas eleições de 2014 (também pelo MDB) e quarto em 2010 (então pelo PSB).

Ainda não é certo, porém, que Tifanny será candidata a deputada federal. O Olhar Olímpico apurou que ela está propensa a aceitar a oferta. O único temor da jogadora, que deverá ser convocada pelo técnico José Roberto Guimarães ainda esta semana para a seleção brasileira, é que a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) venha a proibir sua participação no Mundial deste ano por ser uma candidata.

O prazo de registro de candidaturas na Justiça Eleitoral brasileira vai de 10 a 30 de junho. Caso haja esse veto da FIVB, ela não poderia participar, por exemplo, da final da Liga das Nações (novo torneio, que substituiu o Grand Prix), no dia 1º de julho. O Mundial, no Japão, será em outubro, exatamente durante as eleições.

O UOL Esporte procurou Tifanny, que alegou que está de férias e pediu para não comentar. Já o diretório nacional do partido confirmou que a jogadora se filiou em Bauru e teve a ficha aprovada em Brasília. Oficialmente o MDB diz que ainda não tomou uma decisão sobre como utilizar-se do nome da jogadora nas eleições do segundo semestre.

Sobre o autor

Demétrio Vecchioli, jornalista nascido em São Roque (SP), é graduado e pós-graduado pela Faculdade Cásper Líbero. Começou na Rádio Gazeta, foi repórter na Agência Estado e no Estadão. Focado na cobertura olímpica, produziu o Giro Olímpico para o UOL e reportagens especiais para a revista IstoÉ 2016. Criador do Olimpílulas, foi colunista da Rádio Estadão e blogueiro do Estadão, pelo qual cobriu os Jogos do Rio-2016.

Está disponível para críticas, elogios e principalmente sugestões de pautas no demetrio.prado@gmail.com.

Sobre o blog

Um espaço que olha para os protagonistas e os palcos do esporte olímpico. Aqui tem destaque tanto os grandes atletas quanto as grandes histórias. O olhar também está sobre os agentes públicos e os dirigentes esportivos, fiscalizados com lupa.