Picciani deve emplacar Leandro Cruz como novo ministro do Esporte
Leandro Cruz Fróes da Silva deve ser o próximo ministro do Esporte. Braço-direito de Leonardo Picciani (MDB-RJ), que deixa o cargo na quinta-feira, Leandro tem tudo para ganhar uma concorrência interna com outros dois secretários de Picciani: Fernando Avelino e Rogério Sampaio. Isso significa que a ala do MDB do Rio, ligada a Jorge Picciani, vai continuar no comando da pasta.
Até a manhã desta quarta-feira, diferentes fontes divergiam sobre o favoritismo na articulação da escolha do novo ministro. Secretário-executivo, Avelino inicialmente saiu na frente na corrida, mas há duas semanas teve seu nome incluído em uma denúncia do Ministério Público do Rio sobre fraudes no Detran, que ele presidiu. Ele seria o nome preferido por Picciani, mas passou a conviver com uma oposição à sua escolha.
Rogério Sampaio então ganhou força, contando a seu favor com o status de campeão olímpico, mas não só isso. Ele tem apoio do deputado federal Beto Mansur, vice-líder do governo na Câmara e que na terça-feira assinou sua filiação ao MDB, tão próximo que é do presidente Michel Temer. Mansur e o ex-judoca são de Santos (SP), onde o agora deputado foi prefeito por dois mandatos.
A articulação dos Picciani, porém, foi mais forte. Uma reunião a portas fechadas na manhã de quarta-feira teria fortalecido o nome de Leandro Cruz, uma espécie de braço-direito do deputado federal/ministro. Após trabalhar como assessor parlamentar de Leonardo Picciani, Leandro atuou na liderança do MDB (então PMDB) na Câmara, deixando o cargo para ir ao Ministério do Esporte.
No ministério, é desde maio de 2016, quando Picciani assumiu, o secretário nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social. Era, então, o responsável pela secretaria com mais verbas disponíveis, uma vez que é ela quem controla os repasses para ações em estados e municípios.
Quando da nomeação dele, há quase dois anos, o blog do Daniel Brito, então no UOL, contou que Leandro Cruz chegou a ser preso em flagrante por porte ilegal de arma e desacato à autoridade quando era secretário de Transportes e Serviços Públicos de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
"O caso ocorreu em setembro de 2006, quando Froes estava em um carro com outros três amigos no momento da prisão e teria discutido com os policiais, que chegaram ao local através de uma denúncia anônima", contou o UOL, citando reportagem do G1.
Existe a possibilidade de uma nova mudança de peças no segundo escalão, até porque a Secretaria de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social ficaria vaga. Celso Giacomini estaria insatisfeito na Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), onde perdeu espaço em uma reforma organizacional, passando a ter que disputar poder com Sandro Teixeira, filho de Paulo Wanderley, e pode ser realocado.
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