Queda do presidente do Peru não afeta Pan em Lima, dizem organizadores

Projeção de como será o parque pan-americano (divulgação)

O escândalo político que causou a renúncia do presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, não deve impactar nas preparações para os Jogos Pan-Americanos de Lima, programados para acontecer no ano que vem. Quem afirma isso é o próprio comitê organizador de Lima-2019, que está com as obras bastante atrasadas na comparação com o planejado.

"Os recentes acontecimentos políticos no Peru vão continuar a não ter impacto na capacidade de Lima-2019 de entregar um fantástico Pan. Lima-2019 já conta com completo suporte do presidente Martin Vizcarra, tendo trabalhado próximo a ele durante o período em que foi ministro dos Transportes e de Comunicação,  e também como vice-presidente", disse o comitê organizador, em nota reproduzida pelo site inglês Inside The Games.

Kuczynski renunciou na quarta-feira, depois da divulgação de um vídeo no qual Kenji Fujimori, filho mais novo do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) e então na oposição, negocia com deputados para que salvassem Kuczynski de impeachment em troca de obras em seus redutos eleitorais. Além disso, o ex-presidente recebeu indulto e foi solto sem cumprir os 25 anos de prisão aos quais havia sido condenado.

A crise política no Peru, envolvendo também a admissão por parte da Odebrecht de que pagou suborno a políticos peruanos, vem deixando de lado a organização do Pan, bastante atrasada. Só este mês é que foi escolhido o consórcio que construirá a Villa El Salvador, onde acontecerão boa parte das provas do Pan, a partir de 26 de julho do ano que vem. Mesmo a obra mais complexa, da Vila Pan-Americana, só teve sua pedra fundamental lançada em setembro do ano passado.