Marco La Porta é eleito vice do COB e votação consagra 'nova geração'
Marco La Porta confirmou o favoritismo e foi eleito com ampla vantagem para ser o novo vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) nesta sexta-feira. Dos 48 eleitores, 44 escolheram o agora ex-presidente da Confederação Brasileira de Triatlo – ele terá que se afastar do cargo. O ex-jogador Marcel de Souza teve apenas três votos, enquanto que José Medalha, um acadêmico ligado à Confederação Brasileira de Desportos Escolares, recebeu apenas um voto.
O resultado já era esperado e demonstra que Marcel, candidato apoiado oficialmente pela Atletas pelo Brasil e pelo Conselho Nacional do Esporte (CNE), na verdade, não conseguiu convencer seus pares. Doze atletas participaram da eleição e ele, que foi indicado pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB), só recebeu três votos. O Olhar Olímpico já havia apontado esse amplo favoritismo de La Porta, que foi indicado como o candidato das confederações.
Quando o nome dele foi lançado, já havia a certeza de vitória. A primeira opção de Paulo Wanderley, porém, era Ricardo Machado, da esgrima, só que o nome dele vazou e uma série de denúncias contra Machado foram relembradas. Enfraquecido e correndo o risco de não vencer, ele retirou a candidatura. La Porta, que já queria ser candidato, acabou recebendo o apoio das confederações.
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Assim, o que valia de fato na eleição desta sexta-feira era a distribuição nas vagas do Conselho de Administração, num claro embate entre os dirigentes da nova geração (aqueles que votaram a favor da ampliação das cadeiras para atletas na assembleia) e os dinossauros. Ganharam os primeiros. Das oito vagas no CA para presidentes de confederações, cinco ficaram com essa ala progressista: Matheus Figueiredo (gelo), Silvio Acácio Borges (judô), Euclides Antonio Gusi (golfe), Marco Aurélio Sá (vela) e Ricardo Pacheco Machado (esgrima).
Tidos como líderes dos dirigentes da velha geração, Marco Silva (boxe) e João Tomasini (canoagem) também se elegeram. A oitava vaga foi decidida em uma eleição extra, entre Luiz Carlos Cardoso do Nascimento (karatê) e Enrique Montero Dias (levantamento de peso). Venceu Luiz Carlos, um novato no COB, tendo recebido 24 votos. Enrique vive momento de turbulência na modalidade, com atletas e federações se voltando contra ele. Teve 22 votos.
Chamou atenção também a derrota de Toninho Fernandes, do atletismo, esse sim o grande favorito a ser eleito vice do COB quando o posto ficou vago. Mas ele perdeu muita força após ser atingido por denúncias. Há quem apontasse que ele poderia aproveitar uma possível vitória na eleição desta sexta-feira para, na segunda, renunciar à CBAt.
Além deles, o Conselho de Administração terá outros dois membros independentes. O advogado mineiro Sérgio Augusto Santos Rodrigues recebeu 36 votos, enquanto Carlos Osso, ligado do E.C Pinheiros e candidato do Comitê Brasileiro de Clubes, teve 23 votos. A surpresa foi a derrota do ex-ministro do Esporte Ricardo Leyser, que ficou em terceiro, com 16.
Na eleição do Conselho de Ética, pelas regras da eleição, foram eleitos os três membros independentes mais votados: Alberto Murray, neto do ex-presidente do COB Sylvio de Magalhães Padilha (35 votos), Caputo Bastos, presidente da Presidente da Academia Nacional de Direito Desportivo (26 votos), e Ney Bello, desembargador federal (26 votos).
As outras duas vagas do Conselho de Ética ficaram com dois membros não-independentes: Sami Arap, ex-presidente da CBRu (24 votos), e Bernardino Santi, médico especialista em Medicina do Exercício e do Esporte (23 votos). Chamou atenção os poucos votos dados aos atletas que eram candidatos: Arnaldo de Oliveira recebeu 19 e, Zequinha Barbosa, apenas um.
Confira o resultado da eleição (em negrito os eleitos)
Conselho de Administração
Conselho de Ética
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