Após denúncia do UOL, Elisângela Adriano pede afastamento de federação

Fabrizia Granatieri/Folhapress
Vice-presidente da Federação Paulista de Atletismo, a recordista sul-americana do arremesso de peso Elisângela Adriano entregou nesta sexta-feira sua carta pedindo afastamento do cargo. Na quarta, o Olhar Olímpico mostrou que ela assinava, em nome da Federação, convênios com fortes indícios de superfaturamento junto à Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo, a SELJ.
Desde 2012, quando Toninho Fernandes assumiu a Confederação Brasileira de Atletismo, a FPA é presidida na prática e oficialmente por Mauro Chekin, antigo vice de Toninho na Federação. Em diversas ocasiões, porém, quem assinava os convênios e contratos era Elisângela, livrando Chekin da responsabilidade judicial sobre eventuais fraudes. Em pelo menos um desses convênios, participou de concorrência uma empresa que pertence à esposa de Chekin.
Na carta em que pediu afastamento, Elisângela alegou que não é, nem nunca foi, responsável por solicitar orçamentos ou pela gestão financeira da entidade. E argumentou que assinou projetos, mas não foi responsável por inicia-los.
Ela ainda defendeu que todos os contratos e convênios da Federação sejam investigados com "absoluto rigor" pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual.
Já a FPA, em nota publicada ontem em seu site, rebateu a reportagem do UOL afirmando ser baseada em "achismos". A entidade não respondeu a maior parte das denúncias e, quanto à locação de cinco notebooks e três impressoras por 117 mil para 17 dias de seletivas dos Jogos Escolares, argumentou que toda a preparação para o evento durou dez meses, listando de assessoria de imprensa a inscrição de atletas. Só que todos esses serviços foram terceirizados para empresas de fachada, o que reforça a impressão de que os serviços foram executados pelos funcionários da própria Federação e não por pelos terceirizados.
Confira o comunicado de Elisângela sobre o seu afastamento:
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